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Australiano vence World Press Photo; brasileiro é premiado em 2 categorias

18 fev 2016 - 16h00
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O fotógrafo Warren Richardson ganhou nesta quinta-feira o World Press Photo, a máxima distinção do fotojornalismo mundial, por uma imagem em preto e branco tirada em 2015 na fronteira entre Sérvia e Hungria que capta um bebê sendo passado de um lado ao outro da cerca, enquanto um brasileiro foi premiado em duas categorias.

"Estive quatro ou cinco dias e noites na fronteira, mas este momento foi muito veloz: os refugiados vinham e vinham", declarou o ganhador em entrevista coletiva. Ele acrescentou que não se deu conta de que o que estavam passando através da cerca "era um bebê".

Richardson, que trabalha como freelancer, explicou que a foto, em que a lua ilumina tanto o rosto do homem que pega o bebê em suas mãos como o corpo da criança, nunca foi publicada.

O homem está de um lado da fronteira meio agachado, e seu rosto mostra esgotamento. Do outro lado da fronteira, braços pegam a criança e a passam através de um buraco no arame farpado.

Por sua vez, o brasileiro Maurício Lima ficou em primeiro lugar na categoria Notícias Gerais, com a imagem de um jihadista de 16 anos do Estado Islâmico sendo tratado em um hospital do Curdistão, que foi publicada no jornal americano "New York Times".

Ele também levou o segundo lugar na categoria Vida Diária com uma foto que mostra crianças índias da tribo Munduruku brincando no rio Tapajós, na área de Sawre Muybu, em Itaituba, no estado do Pará, também publicada pelo "NY Times".

Também foram premiados na categoria de "Natureza" os mexicanos Anwar Patjane, com o segundo lugar pela foto "Baleias que sussurram", e Sergio Tapiro, que com "O poder da natureza" foi felizardo com o terceiro prêmio.

Um total de 5.775 fotógrafos apresentaram 85 mil imagens para o concurso.

O presidente do júri, Francis Kohn, disse que, durante o processo de seleção tentaram manter um balanço entre qualidade fotográfica e valor informativo.

"Recebemos muitas imagens que tinham a ver com a crise dos refugiados: navegando no oceano, cruzando cercas nas fronteiras, tendo problemas com a polícia. Também fotos da Síria e do Iraque, e muitas dos ataques de Paris de novembro", detalhou.

EFE   
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