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“O feminino explodiu”, desabafa a bailarina Rosa Antuña

Artista mineira faz temporadas em Brasília e Belo Horizonte de suas peças que falam da libertação ideológica da mulher

21 abr 2015 - 09h30
(atualizado às 12h00)
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O sangue ancestral espanhol de Rosa Antuña ferveu a tal temperatura que ela entrou, digamos assim, em erupção. Em vez de lava quente, ela expeliu três coreografias que serão apresentadas em sequência na Trilogia do Feminino, de 22 a 24 de abril, em Brasília.

Rosa Antuña resolveu dar um basta na opressão sofrida por ela e criou sua dança libertadora
Rosa Antuña resolveu dar um basta na opressão sofrida por ela e criou sua dança libertadora
Foto: Jorge Etecheber / Divulgação

Na capital federal, serão exibidas as criações “Mulher Selvagem” (2010), “O Vestido” (2014) e a pré-estreia de “A Mulher que cuspiu a Maçã”, que terá em maio temporada na capital mineira.

“Como quase toda mulher, fui completamente tolhida e reprimida durante grande parte da minha vida”, justifica Rosa que propaga em cena a homens e mulheres a libertação ideológica de seus ideais femininos. “Quando o feminino saiu de dentro de mim, ele não saiu. Explodiu”.

Rosa, além de sua carreira como intérprete-criadora, atua como bailarina há 12 anos na Companhia Mário Nascimento, onde também é assistente de coreografia. Dona de um diversificado currículo artístico, ela trabalhou no Theater Chemnitz e Theater Erfurt, na Alemanha, e, no Brasil, no grupo Primeiro Ato, Mimulus Cia. de Dança e Balé da Cidade de São Paulo.

A maturidade na carreira fez Rosa criar seu próprio núcleo artístico, onde desenvolve temas ligados a estética de dança dela. No caso da Trilogia, a valorização do feminino é o foco dos três trabalhos.

Questionada se ela está cuspindo metaforicamente a maçã que Eva mordeu no paraíso, Rosa abraça a causa e o sofrimento de bilhões de mulheres do nosso mundo. “Eu cuspo os dogmas das Igrejas e as crenças machistas que tentaram nos fazer engolir”.

Trilogia do Feminino

Teatro da Caixa, Brasília

22 de abril, às 20h – “Mulher Selvagem”

23 de abril, às 20h – “O Vestido”

24 de abril, às 20h – “A Mulher que Cuspiu a Maçã” (pré-estreia)

R$ 20

“A Mulher que Cuspiu a Maçã” (estreia)

Centro Cultural Banco do Brasil, Belo Horizonte

7 a 10 de maio

R$ 10

Fonte: Cross Content
Fonte: Terra
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