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Egito rompe relação com o Museu de Northampton por venda de estátua faraônica

22 ago 2015 - 14h44
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O ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, suspendeu neste sábado as relações das instituições de seu país com o Museu de Northampton, no Reino Unido, por vender a estátua faraônica de Sejemka de mais de 4 mil anos, e qualificou o fato de crime moral.

Damati anunciou, em entrevista coletiva realizada neste sábado no Cairo, que apesar da venda e segundo as leis britânicas, a estátua não pode sair do Reino Unido até o meio-dia de 28 de agosto.

Esse prazo pode ser prorrogado até 29 de março de 2016 caso surja uma oferta fixada definitivamente para uma nova compra da estátua.

Assim, Damati convidou todos os egípcios e amantes da civilização egípcia, sobretudo os egípcios residentes no Reino Unido, a comprarem a estátua, já que esta seria uma nova tentativa de devolver a antiguidade faraônica às terras egípcias.

Damati disse que todas as organizações internacionais, entre elas a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Conselho Internacional de Museus (ICOM, por sua sigla em inglês), apoiam o Egito em sua tentativa de conservar a estátua.

O ministro acrescentou que estas instituições adotam todas as medidas legais e normas morais que proíbem aos museus a venda de suas propriedades.

A estátua foi leiloada na casa Christie's de Londres por 15,7 milhões de libras (US$ 26,9 milhões), muito acima do preço estimado.

A saída ao mercado da valiosa estátua, de pedra caliça pintada e dedicada a Sejemka, foi condenada pelo embaixador do Egito em Londres, Ahsraf Eljoli, já que seu país deu de presente ao Museu de Northampton no final do século XVIII.

O Conselho da Arte da Inglaterra advertiu que o novo Museu de Northampton poderá ficar excluído de subvenções pela decisão de se desprender da estátua.

EFE   
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