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Fachada de prédio é transformada em videogame em mostra em SP

22 mar 2013 - 11h05
(atualizado às 11h59)
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Quem passará pela Avenida Paulista, em São Paulo, nas noites dos dias 25 de março até o dia 7 de abril, poderá jogar videogame na fachada do prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Com mais 100 mil lâmpadas de LED e até 4,3 bilhões de combinações de cores, o edifício é transformado em uma tela gigante na qual seis obras de “game arte” serão expostas – sendo três interativas ao público.

Organizada pela Galeria de Arte Digital do SESI, a mostra Play! quer apresentar a ideia de que os jogos estão cada vez mais inseridos na cultura, inclusive em espaços abertos, configurando-se a primeira mostra de arte interativa a céu aberto do Brasil.

Entre as obras interativas, a curadora Marília Pasculli, ao lado da dinamarquesa Tanya Toft, selecionou o Paulista Invaders, no qual os jogadores controlam uma bicicleta que atira flores nos carros para mantê-los longe por três minutos. O trabalho foi criado por Suzete Venturelli com equipe Midialab (Universidade de Brasília) e é baseado no clássico Space Invaders, de 1978.

<p>Entre às 20h e 22h, quem passar pela frente do prédio da Fiesp poderá jogar por três minutos as obras de "game arte"</p>
Entre às 20h e 22h, quem passar pela frente do prédio da Fiesp poderá jogar por três minutos as obras de "game arte"
Foto: Divulgação
LummoBlock, da produtora espanhola Lummo, é um Tetris em que dois jogadores comandam as peças com movimentos corporais – um controla a rotação das peças e outro decido onde ela deve cair. Labirintos Invisíveis, do paulistano Andrei Thomaz, é baseado no conto Os dois reis e os dois labirintos, de Jorge Luis Borges, e, por meio de iPads, o jogador deve descobrir a saída de um labirinto que suas paredes só aparecem quando o personagem encosta nelas. Porém o tempo é limitado. O game também tem a versão oposta, com as paredes sumindo ao longo do tempo.

“O game arte é considerado uma das manifestações artísticas emergentes mais interessantes da atualidade. Não só por dissolver os limites entre as diferentes formas de arte - já que a forma inculta de entretenimento dos videogames alcançou uma posição importante na estética intelectual no mundo artístico - mas também por obter um potencial interativo, um valor cultural que vai além da tela”, explica Marília Pasculli.

Além dos games, a mostra Play traz as obras Supercut, do norte-americano Mark Essen, Pixels Deslocados, do paulista Alberto Zanella, e The Game Is Over, do estúdio italiano Les Liens Invisibles. As obras interativas – alternado a cada 10 minutos – acontecem todos os dias da mostra das 20h às 22h, e as obras em vídeo serão exibidas das 22h às 6h.

Ainda como parte da programação do Play!, o artista Andrei Thomaz irá ministrar o workshop Desenvolvendo jogos para Android com o App Inventor, nos dias 2 e 3 de abril, das 10h às 13, no mezanino do Centro Cultural Fiesp (Av. Paulista, 1313). As vagas são limitas a 15 pessoas, com inscrições pelo telefone (11) 3146-7383.

Fonte: Terra
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