Festa celebra 30 anos de ‘Curtindo a Vida Adoidado’ e causa frenesi entre fãs de Ferris Bueller
Pode até parecer, para alguns, que nem faz tanto tempo assim. Mas já se passaram três décadas desde que o jovem Ferris Bueller armou uma história incrível para matar aula com a namorada e o melhor amigo e, juntos, poderem passear pelos lugares mais legais de Chicago.
O filme Curtindo a Vida Adoidado colecionou fãs pelo mundo, marcou uma geração e agora, 30 anos depois, poderá ser vivido por aqueles que sempre sonharam em passar um dia na pele do estudante cara de pau.
Um grupo de produtores (e fãs) da cidade que serviu de cenário para o filme dirigido por John Hughes elaborou uma programação especial de três dias para celebrar as aventuras de Ferris (www.ferrisfest.com).
A Ferris Fest ocorrerá entre os dias 20 e 22 de maio, e grande parte dos ingressos já está esgotada. Os preços dependem da programação escolhida e variam entre US$ 10 a US$ 300 (R$ 39 a R$ 1.173).
Além de visitar os locais por onde os adolescentes aprontam no filme – como o Instituto de Arte, o arranha-céu Willis Tower, o estádio Wrigley Field –, os participantes assistirão a uma parada na Dearborn Street, mesma rua no movimentado centro da cidade onde foi gravada a famosa cena em que Ferris "dubla" a cançãoTwist and Shout em meio a um desfile.
Estão programadas ainda duas sessões para exibição deCurtindo a Vida Adoidado , com a presença de alguns atores do filme, como os que interpretaram os pais de Ferris.
No entanto, as grandes estrelas do clássico – os atores Matthew Broderick (Ferris Bueller), Mia Sara (a namorada, Sloane) e Alan Ruck (o amigo Cameron) – pelo menos por enquanto não confirmaram presença.
Viagem no tempo
O quarto de Ferris Bueller, de onde ele maquinou a escapada da escola, ficará exposto a visitas durante o fim de semana em maio.
Recriado em detalhes pela artista e produtora Sarah Keenlyside, o espaço traz o boneco “que ronca” (que Ferris usou para enganar os pais), pôsteres de bandas que eram sucesso em 1985, e aparelhos eletrônicos que hoje sãovintage, incluindo um computador da época.
“Um amigo, que tem um museu de computadores, emprestou o equipamento”, contou Sarah à BBC Brasil. “Ele também criou um programa igual ao que o Ferris usa no filme, na cena em que ele muda as notas D para A (equivalente, no sistema escolar do Brasil, de 5 para 10), e que ficará aberto na tela durante a festa”.
A produtora explicou que o espaço foi aberto a visitas pela primeira vez durante uma exposição em janeiro em Toronto, no Canadá, no qual artistas convidados deveriam montar ambientes em um quarto de hotel.
Fã de carteirinha de Curtindo a Vida Adoidado , Sarah lembra que a ideia de recriar o cantinho de Ferris foi a primeira que lhe veio à cabeça.
Ela passou os dois meses seguintes caçando itens pela internet, em sites como Craigslist e Ebay. Encontrar alguns foi um grande desafio, e a conta não foi barata: US$ 9 mil (cerca de R$ 36 mil). Ela conseguiu ajuda para bancar um terço do valor; mas os US$ 6 mil restantes saíram mesmo do bolso de Sarah.
“Acabei com meu cartão de crédito, mas queria que ficasse o mais perfeito possível, me convenci de que era um bom projeto. Esse filme marcou tanta gente, fez tanta gente feliz”, disse.
Depois do sucesso em Toronto – 4 mil visitas em quatro dias de exposição –, Sarah ficou sabendo da festa em Chicago, entrou em contato com a produção e agora promete trazer um quarto ainda mais completo.
Alguns itens, porém, ainda estão sendo buscados, e ela espera contar com a ajuda dos fãs para encontrá-los. Entre eles estão latas de Pepsi de 1985 (ano em que o filme foi gravado, embora lançado em 1986), um aparelho de televisão Sony Triniton e uma guitarra Gretsch White Falcon (http://www.saveferrisroom.com/help-us.html).
A procura pelos poucos ingressos restantes da exposição é intensa, inclusive por brasileiros.
Proprietária de uma agência de turismo em Chicago, a brasileira Ediana Moreira Braham abriu um pacote especial para brasileiros que quiserem visitar a Ferris Fest – apesar do dólar caro atual. “Sempre temos clientes perguntando sobre o filme. É um clássico!”, diz Braham.
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