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Mágico de Oz, 75 anos: veja curiosidades sobre o filme

Marco na história do cinema, longa ficou marcado por polêmicas, mitos e superprodução

12 ago 2014 - 16h47
(atualizado em 14/8/2014 às 09h03)
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Há 75 anos chegava aos cinemas um dos filmes mais emblemáticos (e sombrios) de todos os tempos. Um marco para a indústria hollywoodiana, O Mágico de Oz ganhava o público em 1939, com status de produção audiovisual mais cara de todos os tempos. Com algumas cenas em preto e branco, outras em sépia e outras com um colorido bastante saudável, o longa estava à frente de seu tempo, e assim é visto até os dias de hoje.

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Para marcar essa data tão importante, o Terra buscou algumas das tantas curiosidades, polêmicas e mistérios envolvendo os bastidores e pré-produção de O Mágico de Oz.

Um é pouco, dois é bom... cinco é demais

Um diretor não foi o bastante para produzir O Mágico de Oz. Ao todo, a produção do filme contou com cinco comandantes durante as gravações. Richard Thorpe, afastado logo no começo por não ter feito um bom trabalho, George Cukor, como diretor temporário, Victor Fleming, que filmou a maior parte do longa, até ser chamado para trabalhar em E o Vento Levou, King Vidor, responsável, principalmente, pelas cenas em sépia no Kansas e o produtor Mervyn LeRoy, que também dirigiu algumas tomadas de transição. O clássico contou ainda com 14 roteiristas.

Pelo menos roupa não faltou

E teve até demais! Para se ter uma ideia, o departamento de figurino da MGM fez quase 1 mil peças para os 600 atores do filme. Os figurinos dos personagens principais eram altamente elaborados, mas até mesmo os trajes dos figurantes exibiam um rico acabamento e cuidado nos detalhes.

<p>O Homem de Lata, interpretado por Jack Haley</p>
O Homem de Lata, interpretado por Jack Haley
Foto: Warner / Divulgação
Ator alérgico causou troca de papéis

Buddy Ebsen estava certo como protagonista do papel de Homem de Lata. Porém, como o alumínio usado na confecção da roupa do personagem era tóxico e gerava uma alergia no ator, Ebsen teve que desistir do papel, que acabou caindo no colo de Jack Haley.

Para virar leão, Bert Lahr quase teve que parar de comer

A maquiagem usada por Bert Lahr para compor o Leão Covarde o impossibilitava de comer objetos sólidos, sob o risco dela ser desfeita. Isto fez com que o ator apenas se alimentasse de sopas e milk-shakes durante boa parte das filmagens. O esforço valeu a pena, e o papel ficou marcado como um dos mais grandiosos do ator.

O Leão, aliás, quase foi vivido por um animal de verdade. A produção do filme sonhava em ter o famoso mascote da MGM, sincronizando, na base de efeitos especiais, os movimentos do leão com uma dublagem. A ideia, no entanto, foi abortada assim que Lahr fez seu primeiro teste para o papel.

Briga financeira deu trabalho como Mágico de Oz para ator

O papel do Mágico de Oz, interpretado por Frank Morgan, foi escrito originalmente para o humorista W.C. Fields, famoso ícone da comédia burlesca americana da época. Diante da oferta de US$ 75 mil (cerca de R$ 170,5 mil) dos produtores, Fields pediu US$ 100 mil (cerca de R$ 227 mil), mas no fim rejeitou o trabalho por considerar o personagem pequeno demais. No fim das contas, Frank Morgan ficou com o papel do Mágico, além de interpretar o professor Marvel, o porteiro da cidade de Esmeralda, o motorista de uma carruagem e um guarda. Os personagens secundários lhe foram entregues para aumentar seu tempo na tela.

<p>Bruxa Má do Oeste, vivida por Margareth Hamilton</p>
Bruxa Má do Oeste, vivida por Margareth Hamilton
Foto: Warner / Divulgação
Bruxas devem ser assustadoras, mas nem tanto...

Muitas cenas da Bruxa Má do Oeste foram editadas ou cortadas do filme por um motivo bastante inusitado. A interpretação de Margaret Hamilton para a personagem estava tão assustadora que acabou sendo considerada aterrorizante demais para ser reproduzida em público. Com a falta de tempo para reconstruir algumas tomadas, os produtores decidiram apenas por editar o material.

Atriz não quis “ficar feia” e acabou perdendo papel

Aliás, o conceito original do papel era de uma Bruxa Má do Oeste sexy e estonteante, a exemplo da cruel rainha da versão original de Branca de Neve e os Sete Anões. A bela Gale Sondergaard foi inicialmente escalada para o papel por Mervyn LeRoy, mas a presença de uma bruxa bonita fugia ao roteiro, que pregava que bruxas más eram feias. Com a nova e pavorosa caracterização, Sondergaard se recusou a aparecer feia nos cinemas e foi prontamente substituída por Margaret Hamilton.

Lenda sobre suicídio assombrou exibição do filme

Um dos tantos mitos que cercam o Mágico de Oz, porém menos conhecido, fala sobre um anão que trabalhou nas filmagens e que cometeu suicídio por enforcamento durante os trabalhos. A tragédia teria sido captada pelas câmeras e passado na edição final.

Na cena em que o ocorrido supostamente acontece, conforme os personagens saem andando pela estrada, é possível ver algo balançando em uma árvore. Confira no vídeo abaixo.

Escolha de Dorothy foi processo complicado

Classificada como uma das personagens mais icônicas da história do cinema, o processo de escolha para a intérprete de Dorothy foi complicado. No dia 24 de fevereiro de 1938, a promissora Judy Garland foi escolhida para viver a personagem principal. Com uma carreira já construída em Hollywood, no entanto, a atriz quase foi substituída por uma estrela em ascensão. Na verdade, a MGM chegou a fazer uma proposta para que Shirley Temple vivesse Doroty. Temple começou muito cedo no cinema, e foi responsável por grandes sucessos da Fox. E esse sucesso, logicamente, chamou a atenção da MGM. Porém, com medo de perder a sua estrela mirim, a Fox acabou não liberando Shirley, abrindo espaço para a já crescida Garland que, com 16 anos na época, sofreu para viver um personagem muito mais jovem. Para segurar o seu corpo adolescente, teve que atuar com bandagens na altura dos seios.

Aparência influenciou na vida curta de Garland

O fato, inclusive, acabou deixando marcas na vida da atriz, que sofreu com diversos distúrbios envolvendo sua aparência ao longo dos anos. Incomodada com as inúmeras críticas dos produtores da época com relação ao seu peso, Judy se tornou viciada em remédios para emagrecimento. A atriz acabou se afundando em dívidas, tentou o suicídio por diversas vezes, e morreu vítima de overdose em 1969, aos 47 anos.

Judy Garland como Dorothy
Judy Garland como Dorothy
Foto: Warner / Divulgação

Preço salgado

O filme custou por volta de US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 6 milhões), se tornando o mais caro produzido até a década de 1940. Apesar do sucesso da obra vigorar até os dias de hoje, na época o longa foi considerado um fracasso de público, faturando apenas US$ 3 milhões nas bilheterias.

A mitológica relação com o Pink Floyd

Plágio, feitiçaria, maldição... são diversas as teorias conspiratórias envolvendo O Mágico de Oz e o disco The Dark Side of The Moon, lançado pelo Pink Floyd em 1973. Diz a lenda que todos os 43 minutos de música do disco se encaixam perfeitamente como trilha sonora da parte inicial do filme. Até mesmo os tantos efeitos sonoros inclusos no LP, como gritos, ecos, relógios e barulhos aleatórios, seriam representados por componentes das cenas que ocorrem em Oz. A polêmica é levada tão a sério que até vídeos sincronizando as partes já foram publicados no YouTube

'Dark Side of The Moon', um dos mais famosos e polêmicos discos do Pink Floyd
'Dark Side of The Moon', um dos mais famosos e polêmicos discos do Pink Floyd
Foto: Facebook / Reprodução

O Pink Floyd, que até de plágio já foi acusado nega tudo, dizendo que não há qualquer relação entre as duas obras. No fim das contas, a história é mais uma entre tantas outras que fazem do Mágico de Oz um verdadeiro patrimônio da cultura popular.

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Fonte: Terra
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