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Dresden comemora 500 anos da pintura "Madona Sistina"

25 mai 2012 - 22h49
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Cinco séculos de beleza irradiante: com uma exposição especial, Dresden celebra obra "Madona Sistina", pintada pelo italiano Rafael Sanzio. Uma revelação: astrelas secretas do quadro se encontram em sua parte inferior.Com uma cerimônia festiva, as Coleções Estatais de Arte de Dresden inauguram nesta sexta-feira (25/05) a exposição "Madona Sistina ícone de Rafael faz 500 anos". A mostra traz pela primeira vez a história completa da obra-prima mundialmente conhecida desde sua criação na Renascença romana até se tornar um mito mundial nos dias de hoje.Mona Lisa, a "rival"O diretor da Pinacoteca dos Antigos Mestres, Bernhard Maaz, declarou que "a exposição enfoca o ambiente de criação, os proprietários, os destinos e o percurso de uma das pinturas mais importantes da história da humanidade". Além disso, a mostra observa a influência que essa pintura teve na história da arte e da cultura, na literatura e história do pensamento.As histórias em torno da Sistina são ilustradas através de 140 objetos, emprestados de importantes arquivos e museus, entre eles, quadros de Rafael e outros artistas. Para comemorar seu aniversário, a Madona ganhou uma nova moldura. E foi pendurada num local inusitado. A obra de arte de 5,4 metros quadrados deixou seu lugar habitual no primeiro andar, mudando-se para a Sala de Tapeçarias.Andreas Henning, conservador de pintura italiana, explicou que a Madona de Rafael ganhou popularidade muito antes da Mona Lisa de Leonardo da Vinci. "A Madona Sistina virou um mito em meados do século 19, somente em 1911 a Mona Lisa tornou-se um fenômeno de massa."A reflexão sobre a Sistina de Rafael na Literatura, música, artesanato e fotografia teve início por volta de 1800, o quadro foi copiado e reproduzido. Na mesma época, os dois querubins rechonchudos na parte inferior do quadro iniciaram uma carreira própria ao redor do globo. Eles podem ser vistos em camisetas, como também em posters ou taças de café. A exposição apresenta, assim, a pintura de Rafael entre a arte e o kitsch. Piacenza, Moscou, DresdenRafael pintou sua Madona Sistina em 1512/13 para a igreja do convento de São Sisto em Piacenza, no norte da Itália. O cliente foi provavelmente o papa Júlio 2°, e o motivo era a adesão de Piacenza aos Estados Pontifícios no verão de 1512.A tela medindo 2,65m x 2,01m mostra uma manifestação divina (epifania). Com o Menino Jesus nos braços, a mãe de Cristo se apresenta ao observador flutuando sobre um tapete de nuvens entre cortinas abertas. Dois mártires se ajoelham a seus pés: o papa Sisto 2°, que deu nome ao quadro, e Santa Bárbara. Os dois anjos repousam na parte inferior da tela.Em 1754, após dois anos de negociações, a pintura foi vendida ao príncipe-eleitor saxão Augusto 3°. Desde então, ela passou a pertencer à Coleção Estatal de Pinturas de Dresden e é um das obras mais importantes da Pinacoteca dos Antigos Mestres, localizada no Zwinger, complexo de edifícios projetados pelo arquiteto alemão Gottfried Semper.Em 1945, o quadro foi levado para a União Soviética como despojo de guerra. Somente dez anos mais tarde a Madonna retornaria de Moscou para Dresden.CA/dpa/kna/epd/dwRevisão: Augusto Valente

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