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SP: 1ª noite de apresentações tem reggae e homenagem à Copa

13 fev 2010 - 09h09
(atualizado em 14/2/2010 às 06h33)
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Os destaques da primeira noite das apresentações das escolas de samba no do Anhembi, em São Paulo, foram a Acadêmicos do Tucuruvi, cujo reggae foi o som que deu o ritmo, e a Vai-Vai, que contou a história dos seus 80 anos de existência e homenageou a Copa do Mundo. A noite também foi marcada pelos diversos foliões que passaram mal durante ou após a passagem pela avenida.

O reggae foi o som que deu o ritmo ao samba enredo da Tucuruvi
O reggae foi o som que deu o ritmo ao samba enredo da Tucuruvi
Foto: Getty Images

O samba-enredo da Tucuruvi empolgou tanto o público na arquibancada que as pessoas começaram a fazer a mesma coreografia da bateria. Em busca de uma colocação melhor que o sétimo lugar conquistado em 2009, escola levou ao sambódromo o enredo sobre São Luiz do Maranhão. A dançarina Sheila Mello, madrinha de bateria da escola, quase não conseguiu entrar na concentração por causa do empurra-empurra causado pela sua presença no sambódromo.

Já a Vai-Vai, última escola a entrar na avenida no primeiro dia de apresentações, teve que enfrentar o cansaço e a ansiedade que provocaram o desmaio de três integrantes da escola - dois destaques e um membro da comissão de frente. Recheada de artistas e personalidades, como Milton Gonçalves e Neusa Borges, que representaram rei e rainha africanos, o ministro dos Esportes Orlando Silva, os jogadores Cafu e Roque Junior eram alguns dos diversos destaques da Vai-Vai na avenida.

A Imperador do Ipiranga, que abriu a primeira noite de apresentações, entrou no sambódromo do Anhembi cantando o enredo Da Antiguidade à Tecnologia: Medicina, a nobre arte de salvar vidas, composto em parceria com o rapper Happin Hood. A destaque da escola, a modelo Dani Sperle, precisou de muito samba para esconder parte do corpo depois que perdeu a calcinha durante a apresentação.

A Leandro de Itaquera usou cinco carros para contar a história do vermelho e branco, as cores da agremiação. Um dos carros representou a fecundação, tema presente em um dos veículos. Em cima do carro abre-alas, destaques de sunga branca beijam mulheres de lingerie vermelha para representar as "grandes celebrações". Antes do último carro passar pela avenida, ainda na concentração, um defeito ofuscava as cores e o brilho da Leandro e diversos componentes da escola precisaram de muito ritmo e samba no pé para consertar e empurrar os carros. No final da apresentação, os problemas ainda fizeram seu Leandro - presidente da escola - passar mal.

A Mancha Verde comemora neste ano uma década na avenida e trouxe o enredo Aos Mestres com Carinho! Mancha Verde Ensina Como Criar Identidade!, prestando uma homenagem à educação e aos mestres do mundo. A comissão de frente da Mancha destacou a lenda de Orfeu, já o carro com leopardo de quatro cabeças era o abre alas. O educador Paulo Freire também foi homenageado e lembrado na avenida. Na frente da bateria, a rainha Viviane Araújo se vestiu de gueixa para homenagear os sábios orientais.

Com o samba-enredo A Indústria que manipula o Ferro é a mãe de todas as outras, um dos grandes destaques da apresentação da Unidos de Vila Maria foi a musa Sheila Carvalho, que veio como madrinha de bateria. Dois integrantes da comissão de frente da Vila Maria passaram mal logo depois da apresentação e acabaram desmaiando na dispersão. Foi preciso da ajuda dos integrantes e dos diretores da escola para empurrar um dos carros que simulava a fabricação do aço, que bloqueou a saída e atrapalhou o desenvolvimento da escola.

A Rosas de Ouro apostou em uma homenagem da bateria ao personagem Willy Wonka, da Fantástica Fábrica de Chocolate. Um pedaço da roupa da modelo e rainha da bateria Ellen Roche caiu e rapidamente os diretores tentaram solucionar o problema, mas isso poderá custar alguns pontos para a escola. Já a comissão de frente quase não entrou na avenida. No momento da entrada, a escola contava apenas com cinco participantes, o mínimo exigido pelo regulamento são seis integrantes. A frase original "Cacau é show", referindo-se a uma marca de chocolate, foi retirada da letra do samba enredo após a pressão da Rede Globo, de acordo com a coluna Zapping, do jornal Agora São Paulo.

Fonte: Terra
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