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Celebridades, Salgueiro e Unidos da Tijuca agitam a Sapucaí

15 fev 2010 - 08h00
(atualizado às 08h52)
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A presença de celebridades internacionais na Marquês de Sapucaí marcou o primeiro dia de apresentações das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. O ator escocês Gerard Butler e o ator brasileiro Rodrigo Santoro entraram na avenida com a União da Ilha. A cantora Madonna prestigiou o evento no camarote do governador do Rio, Sergio Cabral, e Paris Hilton viu as performances das escolas no camarote da cerveja Devassa. A Salgueiro, campeã de 2009, brilhou na avenida com as musas Viviane Araújo (rainha da bateria), Sabrina Sato e a ex-BBB Priscila. A Unidos da Tijuca se destacou com a comissão de frente, que apresentou um belíssimo espetáculo e inovação.

A comissão de frente trocou de roupa durante toda a apresentação da Unidos da Tijuca
A comissão de frente trocou de roupa durante toda a apresentação da Unidos da Tijuca
Foto: Bruno Gonzalez / Futura Press

Gerard Butler, o rei Leônidas do longa 300, disse que viveu o momento mais divertido da sua vida ao se apresentar na União da Ilha, primeira escola a entrar na Sapucaí. Amigo de Santoro, Butler declarou seu amor ao Rio.

Madonna e o modelo Jesus Luz chegaram a descer do camarote para acompanhar a apresentação da Imperatriz Leopoldinense direto da pista da Sapucaí, o que provocou uma correria de fotógrafos e jornalistas. O tumulto preocupou os integrantes técnicos da escola e, devido à confusão, a cantora ficou pouco tempo na avenida.

Paris Hilton, usando uma camiseta customizada com apliques de franjas vermelhas, um arranjo de plumas amarelas com uma flor, também vermelha, na cabeça, gargantilha com crucifixo, e um generoso decote, afirmou que "o Carnaval no Brasil é muito sexy".

Salgueiro

A escola cantou o enredo Histórias sem fim. Para conquistar mais um título, o Salgueiro trouxe como destaque a rainha de bateria Viviane Araújo, que causou furor na concentração quando apareceu com uma fantasia inspirada em As mil e uma noites e cheia de cristais Swarovski. Viviane se apresentou com uma roupa dourada e diversas pulseiras, que ela trouxe dos Emirados Árabes.

Na comissão de frente, os monges copistas se transformaram em cavaleiros e reproduziram iluminuras. Além disso, para impressionar os jurados, a vermelho e branco colocou alguns acrobatas em argolas suspensas e distribuiu 500 livros para o público da Sapucaí. Puxado pelo mestre Quinho, os integrantes do Salgueiro levaram ao sambódromo luxuosos carros alegóricos com livros gigantes que foram desde a Bíblia até a Literatura greco-romana. A apresentação contou ainda com o carro alegórico O Brasil Mestiço, que destacou o romance O Guarani, de José de Alencar.

Unidos da Tijuca

Com o enredo Não é mais segredo: a Tijuca tem samba-enredo, a agremiação pisou na avenida pouco antes do início da madrugada de segunda-feira. Durante toda a passagem da escola pela avenida, dezenas de atores de um grupo de teatro mudavam de fantasia e se revezavam na comissão de frente. Um palco móvel foi usado para "esconder" os integrantes, permitindo que a escola usasse mais de 15 pessoas na evolução sem que o número dos que estavam de fato na avenida ultrapassasse o limite determinado pelo regulamento.

A bateria, formada por ritmistas vestidos de mafiosos, deu uma paradinha durante passagem de um automóvel típico dos anos 30. Um dos carros trouxe o Cavalo de Tróia. Em seguida, um carro alegórico com diversas com plantas naturais, uma espécie de Jardim Botânico, passou pela Sapucaí. O último representou a Área 51, uma zona militar dos EUA famosa por seus mistérios envolvendo supostos ETs. À frente de sua bateria, a apresentadora Adriana Galisteu entrou na avenida grávida.

União da Ilha

A bateria contribuiu para levantar a avenida e manter a escola no grupo especial, que enfrentou alguns percalços. Antes da apresentação, um dos ônibus que transportava a ala das baianas sofreu um acidente na altura da Praça Mauá e feriu cinco componentes da escola.

Um dos carros alegóricos da escola que representou o Moinho e os delírios de Dom Quixote teve também um pequeno problema na concentração e entrou atrasado. No mesmo carro, a pá de um outro moinho atingiu o rosto de um folião mas não o machucou.

Além de Rodrigo Santoro e Gerard Butler, os ex-jogadores Zico, Júnior e Roberto Dinamite também se apresentaram na União da Ilha. Após a apresentação, pelo menos cinco integrantes da escola passaram mal na dispersão.

Imperatriz Leopoldinense

A escola foi a segunda a se apresentar. Uma das novidades foi a utilização da tecnologia para produzir efeitos de iluminação nos carros alegóricos. A escola também investiu em componentes com roupas completamente iluminadas por microlâmpadas.

Com 250 componentes, a Imperatriz teve o maestro Marconi como comandante da bateria. A apresentação deste ano trouxe carros alegóricos com seres iluminados, supremos, espirituais ou materiais, sagrados ou profanos - os seres divinos que habitam o imaginário dos brasileiros. Considerado o melhor samba-enredo do Carnaval deste ano, a Imperatriz recorreu à Justiça para utilizar imagens religiosas nos carros.

Viradouro

A Unidos do Viradouro trouxe uma rainha de bateria mirim, de 7 anos. Júlia Lira foi escolhida para ocupar o cargo pelo pai, Marco Lira, presidente da escola. Sua fantasia representou o tesouro dos piratas. Com as cores vermelho e branco, a escola cantou na avenida a história do México. A comissão de frente trouxe uma obra de Diego Rivera e as cores do país.

No final da apresentação, um carro da escola teve problemas logo depois de deixar a concentração. A musa Suzana Pires foi escoltada durante o passeio pela avenida pelo namorado Marcos Pasquim. Ela saiu representando a sedução e a pureza com uma fantasia toda dourada.

Beija-Flor

Com um samba-enredo que homenageou os 50 anos de Brasília e não citou os recentes escândalos de corrupção no Distrito Federal, a direção da escola minimizou os problemas enfrentados pelo governador José Roberto Arruda e afirmou que o foco foi a figura de JK, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Famosa por seus carnavais que unem luxo e criatividade, a escola de Nilópolis teve uma performance avaliada em R$ 8 milhões. Desse valor, R$ 3 milhões foram pagos pelo governo do DF. Em um carro alegórico, a escola exibiu fontes de água com luzes neon com alcance de até 2 km. Com muita exuberância, 60 integrantes se apresentaram vestidas de índias para contar a história de Brasília.

Fonte: Terra
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