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Com Gisele Bündchen, Vila Isabel fala de mitologia do cabelo

7 mar 2011 - 03h03
(atualizado às 15h48)
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Sansão e Dalila, Rapunzel, Medusa e Lady Godiva são alguns dos personagens que ajudaram a Unidos de Vila Isabel a contar o enredo Mitos e história entrelaçados pelos fios de cabelo. A modelo Gisele Bündchen e a apresentadora Sabrina Sato são algumas das musas que a escola levou para a avenida.

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Gisele Bündchen foi o principal destaque da Vila Isabel
Gisele Bündchen foi o principal destaque da Vila Isabel
Foto: AFP

"O mito da Medusa". Esse é o nome da comissão de frente que representou o monstro da mitologia grega. De acordo com a história, Medusa tinha os cabelos formados por serpentes e, quem olhasse em seus olhos, era transformado em pedra. Os dançarinos da comissão carregavam em suas mãos réplicas articuladas dos répteis. Cada uma das 10 cobras pesava cerca de dez quilos.

Boa parte dos 3,8 mil componentes da escola passa pela Sapucaí usando um adereço em comum: a peruca. Para preparar tudo isso, foram utilizados 800 kg de cabelos sintéticos.

Chamado "O Corte de Cabelo Coletivo nas Festas", o segundo carro alegórico mostrou o antigo povo Hopi, da América do Norte, que tinha um ritual específico para realizar o corte dos cabelos. Já o tripé "Lady Godiva Passeia pela Cidade Vazia", representou a lenda da inglesa que cavalgou nua pela cidade em protesto contra o prefeito e marido para baixar o imposto.

A falta de cabelo também faz parte do desfile da Vila Isabel. Uma das alas - a "Escravos da Cleópatra" - retratou o povo egípcio, que costumava raspar o cabelo para evitar piolhos e pragas. Logo atrás, um carro alegórico trouxe uma esfinge de proporções faraônicas.

A modelo Gisele Bündchen, destaque do último carro alegórico da Vila Isabel, representa a "Vênus do século XXI". Mesmo antes de sua passagem pela Sapucaí começar, Gisele já causava frisson. Durante o desfile da Portela, o jogador Ronaldinho tentou se aproximar da modelo mas não conseguiu e teve que voltar à sua posição na avenida.

"Cabelo Também é Fantasia". Nessa ala, os palhaços, sempre cheios de muita cor e alegria, foram os representados. Na "Cabelo de Ouro dos Escravos Mineiros", os lembrados foram os escravos, que escondiam o ouro em seus cabelos e a ala "Raízes Africanas" fizeram referência aos negros no samba.

Sem usar apitos, o mestre Átila, com a ajuda de 14 diretores, comandou os 250 percussionistas. Durante o desfile, a bateria utilizou um dos recursos que sempre mexem com o público: as famosas paradinhas.

Dentro do tempo e debaixo de leve chuva, a Vila Isabel finalizou sua passagem pela Marquês de Sapucaí.

Histórico

Fundada em 4 de abril de 1946, no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, a história da escola se confunde com o futebol. Existia no bairro, em 1945, um bloco conhecido como Vermelho e Branco. Um tempo depois, com o afastamento de alguns componentes foi criado outro time de futebol com as cores azul e branco, que transformaram o time de futebol e um novo bloco carnavalesco. Antônio Fernandes da Silveira, o "China", registrou a sociedade na União Geral das Escolas de Samba originando a Unidos da Vila Isabel, uma das mais tradicionais do Rio.

Em 2010, o enredo da escola foi Noel: A presença do poeta da Vila, em homenagem ao centenário do compositor Noel Rosa.O mestre de bateria é o maestro Átila, que guiará um número de 250 componentes, tendo ainda a comissão de frente assinada por Marcelo Misailidis.

Ficha técnica

Presidente: Wilson Vieira Alves, o Moisés

Carnavalescos: Rosa Magalhães

1º casal de mestre-sala e porta-bandeira: Julinho e Rute

Intérprete do samba: Tinga

Rainha da Bateria: Sabrina Sato

Cores: Azul e branco

Fonte: Terra
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