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Correndo, Pérola empolga com paradinha e desfile sobre Itanhaém

19 fev 2012 - 00h06
(atualizado às 01h24)
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No sufoco, a Pérola Negra encerrou o segundo desfile da noite deste sábado (18) em cima da hora. A segunda escola a desfilar teve que correr no final da apresentação para evitar punições no desfile do enredo A Pedra que Canta Também Samba - Itanhaém, hoje a Pérola é você . Na passarela, a escola levantou o público com a paradinha da bateria.

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Em busca de seu primeiro título no grupo especial do Carnaval de São Paulo, a escola contou história da segunda cidade mais antiga do País, Itanhaém. Belezas naturais, histórias, personagens, festas populares e religiosidade da população foram os temas mostrados pela escola ao longo do desfile.

Já na comissão de frente, 14 bailarinos fizeram uma coreografia em homenagem ao pintor Benedito Calixto, nascido na cidade. Os dançarinos evoluíam em duas fantasias: uma de índios, os primeiros habitantes da região, e outra de aristocratas, com uma saia formada por uma estrutura metálica com rodas e quadros do artista.

A ala das baianas, intituladas "Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém", em homenagem à padroeira da cidade, desfilou à frente do carro abre-alas. Nas fantasias, as roupas lembravam os trajes da santa, com muito brilho e grandes flores vermelhas ornamentando a saia rodada. Antes delas, um grupo de oito senhoras jogava pétalas de rosas pela passarela na ala "Saudação às baianas".

O suntuoso carro abre-alas, mostrou duas caravelas simbolizando a chegada dos portugueses no litoral paulista. Nas laterais do carro, lustres, castiçais e cruzes em dourado. Ao fundo, grandes esculturas de jesuítas que chegaram em Itanhém para catequizar os índios. Logo após a alegoria, as alas mostraram os povos das tribos tupinambá e tamoios, que habitavam a região.

A bateria, que empolgou o público com uma paradinha durante a execução do samba, contou com uma coreografia. Durante a encenação, um barco cruzou os ritmistas e simbolizou a chegada de Martim Afonso de Souza, o comandante da nau que primeiro aportou na cidade de Itanhém. As alas da escola também mostraram os integrantes da expedição colonizadora, que vieram de Portugal em 1534.

Um grande índio tupinamba foi o destaque do segundo carro alegórico, chamado de "Viagem ao Brasil - Uma aventura de Hans Staden", que contou a história do alemão que foi capturado pela tribo. Ele foi um aventureiro mercenário que esteve duas vezes no Brasil e quase foi devorado pelos índios e só foi salvo por lutar o lado da tribo em uma batalha. O carro também teve ocas e dois pássaros articulados que sobrevoavam a alegoria.

A arquitetura da cidade, influenciada pela colonização, também foi destacada pela escola, que mostrou a estrada férrea e réplicas de prédios em suas alas. A terceira terceira alegoria, "O Rio que Corta a Mata Atlântica" lembrou a rainha das águas e mostrou peixes e bonecos com jarros d'água. Logo atrás, o casal de mestre-sala e porta-bandeira simbolizou o encontro das águas dos rios Branco, Preto e Itanhaém.

As festas populares da cidade foram lembradas pela escola em diversas alas. A quarta alegoria retratou a Festa do Divino. Com a escultura de uma grande coroa dourada e vermelha e pombas brancas.

Na reta final do desfile, a escola saudou a relação dos moradores com a cidade na ala "Itanhaém Meu Orgulho". As fantasias traziam bandeiras da cidade, e a ala veio à frente do último carro "Itanhaém hoje a Pérola É Você". A alegoria contava com um telão com imagens de pontos turísticos da cidade, como a praia que foi destacada na frente do carro com banhistas fazendo coreografias.

Histórico

Surgida em 1973, a escola é fruto da união de outras escolas de samba e blocos de Carnaval da Zona Oeste de São Paulo. Desde 1975 a escola está no grupo especial, mas já caiu para os grupos de acesso algumas vezes. Desde 2007 ela voltou definitivamente para a elite, e nunca ganhou nenhum título do Carnaval paulistano.

Ficha técnica

Presidente: Edílson Carlos Casal

Carnavalesco: André Machado

Intérpretes: Douglinhas Aguiar

Cores: vermelho, amarelo e branco

Posição no Carnaval de 2011: 11º lugar do Acesso

Carnaval no Terra
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Paradinha da bateria empolgou o público do sambódromo do Anhembi
Paradinha da bateria empolgou o público do sambódromo do Anhembi
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Fonte: Terra
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