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Vila Isabel fecha 1º dia com 'semba' e homenagem a Angola

20 fev 2012 - 06h08
(atualizado às 07h40)
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No início da manhã desta segunda-feir (20), a Unidos de Vila Isabel entrou na Sapucaí para homenagear o ritmo do 'semba', que influenciou a origem do samba. Com o enredo Você semba lá ... Que eu sambo cá! O canto livre de Angola a última escola a desfilar destacou as paisagens, a cultura africana e a miscigenação com o povo e a cultura brasileira.

O samba-enredo defendido pela escola foi concebido por Martinho da Vila, que é integrante da escola e membro da comissão de compositores da Vila Isabel desde 1963. O sambista foi homenageado durante a passagem pela Sapucaí, sendo destaque do último carro alegórico que simbolizava a relação entre o Brasil e Angola. Sua filha, a cantora Martnália, desfilou entre os integrantes da bateria da Vila Isabel.

Logo na chegada na passarela do samba, a escola encantou o público com a elaborada comissão de frente. A ala representou uma savana africana, onde os dançarinos faziam coreografias encenando o movimento dos animais entre um gramado seco. A comissão também contou com uma alegoria que, além da grama, apresentava uma árvore típica da região e que se transformava ao longo do desfile em um rinoceronte.

As paisagens naturais africanas foram apresentadas logo no início do desfile, no carro abre-alas. A alegoria "A Fauna Selvagem Angola" também mostrou animais africanos, como zebras, flamingos, leopardos, girafas e crocodilos. O carro foi precedido do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, que exaltou a África livre, mostrando ao público que o desfile iria focar na beleza do continente.

As alas também ressaltaram a exuberância das espécies animais de Angola, além da relação dos habitantes do país com a natureza. O tema foi destaque na segunda alegoria, que mostrou uma grande árvore chamada Imbodeiro, ornamentada com diferentes estampas e texturas de tecidos representando as peles animais da África. Outra alegoria, "No Reino da Rainha Njinga", destaca a história da rainha e sua relação com as etnias que compõem o povo angolano.

A saída dos povos angolanos para o Brasil foi lembrada com uma alegoria que retratava os navios negreiros. A ala das baianas, com fantasias brancas com detalhes em tecidos de diferentes estampas africanas, lembrou o sentimento de saudade que os escravos sentiam de sua terra natal, chamado de banzo. As demais alas mostraram a resistência cultural dos negros no País, e a miscigenação que formou a população brasileira e sua cultura, com a tradição das festas e cultos religiosos. A alegoria "A Festa do Divino" destacou essa herança cultural.

No encerramento do desfile, a Vila Isabel destacou a criação do samba, a partir da influência do ritmo africano conhecido como 'semba'. As alas destacaram a proximidade entre os ritmos e também as particularidades do ritmo brasileiro. Na última alegoria, a velha guarda trajava roupas típicas de Angola e Martinho da Vila foi o destaque, simbolizando a integração entre os dois ritmos e as duas culturas. O cantor brasileiro foi nomeado embaixador cultural de Angola antes da independência do país ser reconhecida pelo governo brasileiro.

Histórico

A Unidos de Vila Isabel foi fundada em 1946, em Andaraí, onde a escola ensaiava no campo de futebol do clube que originou a agremiação. Martinho da Vila é um dos membros ilustres da escola, e ajuda na composição dos sambas desde 1965. A escola tem três títulos, e o último foi conquistado em 2006.

Ficha técnica

Presidente: Wilson Alves

Carnavalesco: Rosa Magalhães

Intérpretes: Tinga

Cores: Azul e branco

Posição no Carnaval de 2011: 4ª colocada

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Foto: AFP
Fonte: Terra
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