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Da mágica à sanfona viva: Paulo Barros dá novo título à Tijuca

22 fev 2012 - 17h53
(atualizado às 18h21)
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Em 2004, um carro desafiou a avenida. Em vez de penas e famosas sambando, 127 componentes formavam uma pirâmide humana para falar sobre ciência. Era a representação do DNA. Desde então, o carnavalesco Paulo Barros, que estreava no grupo especial, revoluciona a Sapucaí.

O carnavalesco Paulo Barros é um dos maiores nomes da Unidos da Tijuca. Sob o comando dele, a escola conquistou dois Carnavais, em 2010 e agora em 2012
O carnavalesco Paulo Barros é um dos maiores nomes da Unidos da Tijuca. Sob o comando dele, a escola conquistou dois Carnavais, em 2010 e agora em 2012
Foto: Dhavid Normando / Futura Press

A mente criativa da terceira escola mais antiga do Carnaval carioca (fundada em 1931), deu o primeiro título da Unidos da Tijuca desde 1936, em 2010, novamente com inovação na avenida. Você lembra da comissão de frente que fazia truques de mágica na avenida? Barros uniu um grupo de 30 pessoas - se revezando na apresentação - que trocavam de roupa instantaneamente na avenida. A ideia surgiu de um vídeo que Barros viu na internet e desvendou o segredo da mágica. Tudo isso teve preço: R$ 200 mil.

Em 2012, o carnavalesco novamente leva a escola ao título com uma homenagem a Luiz Gonzaga. A comissão de frente - sempre muito aguardada - apresentou a "alma da sanfona", com dançarinos como turistas guiados por Lampião e Maria Bonita. Novamente, os dançarinos trocavam de roupa durante a apresentação e viravam sanfonas vivas. Além disso, um tripé representava o instrumento e de dentro dela surgiu um dançarino executando performances numa roupa sanfonada e colorida.

Na avenida, passavam celebridades inusitadas, de Michael Jackson à rainha Elizabeth, com direito a Pelé e Elvis. Os famosos, contudo, passavam de 'Jegue Táxi'. Os personagens apareciam em outros momentos na avenida, na viagem pelo sertão, até a coroação de Luiz Gonzaga.

Paulo Barros nasceu em 1962 e foi criado em Nilópolis, Rio de Janeiro. Na terra de uma das mais tradicionais escolas - a Beija-Flor -, surgiu, aos 13 anos, a paixão pelo Carnaval. Na época, outra lenda da Sapucaí, Joãsinho Trinta, havia assumido a escola e levado a agremiação a uma série de títulos. Mesmo ao deixar a comunidade, em 1984, continuou a frequentar o barracão e a aprender com o mestre até a saída de Joãsinho, em 1993.

Em 1994, Barros assinou seu primeiro desfile, pela Vizinha Faladeira, do centro do Rio. Logo de cara, levou um vice-campeonato. Nos anos seguintes, subiu de divisões, até chegar ao topo da apoteose.

Após coroar o rei do baião na avenida e a Tijuca como a melhor escola de 2012, o Carnaval promove Paulo Barros como um dos mais inventivos carnavalescos que o Rio já viu passar.

Com informações da IstoÉ Gente.

Fonte: Terra
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