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Com abre-alas gigantesco, Salgueiro faz penúltimo desfile da noite

26 fev 2012 - 03h01
(atualizado às 04h05)
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Foi com um carro abre-alas gigantesco e repleto de cores que o Salgueiro iniciou sua apresentação na madrugada deste domingo (26), na Marquês da Sapucaí, no Rio de Janeiro. Vice-campeã do Carnaval carioca de 2012, a agremiação trouxe à passarela do samba o samba-enredo Cordel Branco e Encarnado, uma homenagem à literatura de cordel, que contagiou o bom público presente no local.

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O desfile apresentado na avenida mostrou a história e as influências da literatura de cordel, elemento típico da cultura sertaneja. A comissão de frente apresentou uma carroça de artistas mambembes, com os dançarinos vestidos de cangaceiros e, ao longo da Sapucaí, a carroça deu lugar a um dragão, "derrotado" pelos dançarinos ao longo da apresentação.

Foram 26 esculturas de bonecos coloridos, misturando a origem medieval com a tradição nordestina da literatura. As lendas retratadas nas histórias foram mostradas na segunda alegoria, "A Barca da Encantaria", cujo carro trouxe grandes serpentes roxas, dragões e sereias por toda a lateral.

Algumas lendas folclóricas e personagens característicos do sertão foram retratados nas alas. As baianas do Salgueiro, por exemplo, se fantasiaram de Maria Bonita, a esposa do cangaceiro Lampião. As roupas, com saias mais curtas que as habituais, foram trabalhadas em laranja, vermelho e marrom. A bateria desfilou toda vestida de cangaceiro e fez diversas paradas durante a execução do samba-enredo.

A alegoria "Pavão Misterioso" chamou atenção na avenida, retratando um dos mais populares cordéis do País, com bicicletas presas nas laterias sendo pedaladas por passistas. As alas trabalharam temas recorrentes do cordel, como os perigos do sertão, as aflições do povo nordestino e a morte. A velha guarda da escola desfilou representando os coronéis do Nordeste.

No encerramento do desfile, o Salgueiro homenageou os maiores poetas e autores de cordel, com alas destacando suas obras. O último carro alegórico apresentou um grande teatro iluminado, com esculturas de trios nordestinos tocando instrumentos típicos de forró.

Histórico

Em 1953, a Acadêmicos do Salgueiro foi criada após outra escola do morro do Salgueiro, a Unidos do Salgueiro, ter recusado a união entre os sambistas. Ao longo dos anos, a Unidos caiu no esquecimento, e o Salgueiro entrou para história por ter promovido grandes mudanças estéticas no Carnaval, com o carnavalesco Joãosinho Trinta.

Ficha técnica

Presidente: Regina Celi

Carnavalesco: Renato Lage e Márcia Lage

Intérpretes: Quinho, Serginho do Porto e Leonardo Bessa

Cores: vermelho e branco

A rainha de bateria da agremiação carioca, Viviane Araújo, no desfile das campeãs
A rainha de bateria da agremiação carioca, Viviane Araújo, no desfile das campeãs
Foto: Dhavid Normando / Futura Press
Fonte: Terra
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