Rio: Carnaval registra público recorde e menos lixo nas ruas
- Cirilo Junior
- Direto do Rio de Janeiro
Os blocos do Rio de Janeiro registraram número recorde de foliões no Carnaval deste ano. Ao todo, 5,3 milhões de pessoas aproveitaram a folia de Momo nos blocos da cidade, alta de 9,7% em relação aos números do ano passado, quando 4,8 milhões de pessoas estiveram presentes.
O Carnaval do Rio atraiu ainda 1,1 milhão turistas entre os dias 13 e 6 de fevereiro. Desse total, 32% eram estrangeiros. Os turistas que passaram pelo Rio geraram receita de US$ 850 milhões. Em 2011, foram 1 milhão de turistas, dos quais 40% estrangeiros, que viabilizaram receita de US$ 740 milhões.
"A avaliação é que foi um absoluto sucesso, se levarmos em conta o pequeno número de ocorrências, diante da magnitude da festa. Os maiores problemas foram os mijões na rua e o lixo deixado, que ainda assim, diminuíram", afirmou o presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Melo.
Ao todo, 425 blocos desfilaram pelas ruas da cidade, um a mais na comparação com 2011. Com muitos blocos remanejados para o Centro, a região teve um aumento de 17,4% no número de foliões, totalizando 3,3 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, a Zona Sul teve 1,5 milhão de foliões, retração de 2,1% frente ao ano passado.
"Está definido que não faremos novas autorizações para blocos na Zona Sul. É uma área saturada, que pode e deve diminuir o número de blocos", avaliou Figueira de Melo.
O período de Carnaval atraiu 37 transatlânticos para o Rio. Desembarcaram desses navios 86 mil turistas, que deixaram US$ 25,8 milhões na cidade.
Apesar do maior número de foliões nas ruas, o volume de lixo recolhido caiu 23%, totalizando 1 mil t. Desse total, 561 t foram recolhidas nos blocos, e 417 t foram geradas na área do sambódromo.
Para o secretário de Conservação Pública do Rio, Carlos Roberto Osório, o menor volume de lixo é resultado da maior quantidade de lixeiras móveis, que dobraram, passando para 1,2 mil, e da maior conscientização da população, que segundo ele, sujou menos as ruas. "Pela primeira vez na história do Carnaval se registra menos lixo diante do aumento de público", disse.
Para o próximo Carnaval, a intenção é ampliar o número de lixeiras, e fazer uma campanha específica para reduzir o volume de lixo deixado pelos vendedores ambulantes. Foi observada quantidade significativa de embalagens plásticas de cervejas deixadas na rua. A prefeitura planeja negociar com a cervejaria patrocinadora do Carnaval de rua para que sejam fornecidas embalagens mais simples para os vendedores.
"Vamos focar mais o trabalho de conscientização junto ao ambulante. Também precisamos da cooperação da cervejaria patrocinadora. Não faz sentido o patrocinador ganhar dinheiro, vender cerveja, enquanto seu parceiro suja as ruas da cidade", observou Figueira de Melo.
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