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Presidentes da Mancha Verde e da Tucuruvi depõem em SP

28 fev 2012 - 15h24
(atualizado às 17h14)
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Marina Azaredo
Direto de São Paulo

Paulo Serdan e Hussein Abdo, presidentes da Mancha Verde e da Acadêmicos do Tucuruvi, respectivamente, prestaram depoimento na Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), por volta das 14h desta sexta-feira (28), em São Paulo.

Antes de entrar no local, Serdan endossou a história de que não houve acordo sobre o veto de rebaixamentos das escolas de samba no Carnaval deste ano. "Não tinha nada combinado. Não existe a possibilidade de não haver descenso no Carnaval", afirmou.

Ainda é esperado para prestar depoimento, o presidente da Império de Casa Verde, Alexandre Furtado. No início desta tarde, o vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, José Manoel Gaspar, compareceu à Deatur e afirmou que a confusão aconteceu de forma inesperada.

"Foi um ato insano do Tiago (que foi preso por invadir a apuração). Ninguém pagou para ele fizesse o que ele fez", explicou. Segundo Gaspar, no regulamento da Liga existe punição para o que aconteceu, mas o caso só será decidido quando o inquérito terminar. "Nota baixa pode ser motivo de revolta, mas tem de ver as justificativas dos jurados. Não dá para se revoltar sem ver as justificativas antes", completou.

Na última segunda-feira (27), o presidente da Liga, Paulo Sérgio Ferreira, também prestou esclarecimentos na delegacia. "Tiago e Cauê são desconhecidos de todos os presidentes e não participaram de nada. Por isso não podem ter escutado nenhuma conversa", explicou ele, que negou que os dois tivessem relação com alguma escola do Grupo Especial de São Paulo.

Segundo o delegado que investiga o caso, Cauê e Tiago disseram que as escolas tinham um acordo de que nenhuma seria rebaixada e como isso não estava sendo respeitado, os dois decidiram invadir. Para ele, os dois justificaram a invasão alegando este mesmo motivo, já que logo depois de detidos foram ouvidos separadamente, impossibilitando uma conversa entre os dois.

Entenda o caso
Uma confusão promovida por integrantes de escolas de samba interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo na terça-feira (21). Faltando apenas uma nota dez para assegurar o título à Mocidade Alegre, Tiago Ciro Tadeu Faria, 29, integrante da Império de Casa Verde, invadiu a área de apuração, tomou o último envelope das mãos do leitor e o rasgou.

O tumulto se espalhou pelo entorno do Sambódromo. Torcedores foram filmados chutando os portões próximos à área da dispersão. Pouco depois, um carro alegórico da Pérola Negra foi incendiado por um grupo de torcedores da Gaviões da Fiel. A alegoria tinha estrutura de palha, representando um índio gigante, e foi totalmente destruída pelo fogo.

O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Deatur, anunciou a detenção de Tiago, principal responsável pelo início do tumulto. Cauê Santos Pereira, 20, integrante da Gaviões da Fiel, também foi detido, por atirar objetos.

A polícia investiga ainda o envolvimento de integrantes de outras agremiações na confusão, entre elas a Vai-Vai, a Império de Casa Verde e a Camisa Verde e Branco, segundo o delegado.

Na própria terça, uma reunião extraordinária entre a Liga das Escolas de Samba e os diretores das agremiações foi montada para decidir o desfecho do Carnaval 2012, que deixou o título com a Mocidade Alegre.

Durante o desfile de abertura da festa das campeãs do carnaval de São Paulo, um dos destaques de carro alegórico da Acadêmicos do Tatuapé teve um problema com sua fantasia
Durante o desfile de abertura da festa das campeãs do carnaval de São Paulo, um dos destaques de carro alegórico da Acadêmicos do Tatuapé teve um problema com sua fantasia
Foto: Amauri Nehn / AgNews
Fonte: Terra
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