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Fã de Zezé e Luciano, Pablo quer "arrochar" o Carnaval

Confiante com sucesso repentino, cantor diz não sentir pressão de ser destaque em Salvador: "levo minha música aos quatro cantos do mundo"

27 jan 2015 - 11h11
(atualizado às 12h08)
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Pablo comemora sucesso repentino
Pablo comemora sucesso repentino
Foto: Facebook / Reprodução

Pablo - A Voz Romântica ou Pablo do Arrocha? Tanto faz. A verdade é que o cantor baiano, de repente, virou um sucesso nacional, ultrapassando as barreiras dos ritmos nordestinos e chamando a atenção para um novo estilo musical: o arrocha. 

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Bom, nem tão novo assim. O termo arrocha é recente e teve o próprio Pablo como pioneiro, na cidade de Candeias, interior da Bahia, em 2001. Mas o ritmo é bem antigo, vem desde os anos 1970. Já foi conhecido como brega, tecnobrega e brega moderno, já tendo nomes como Odair José, Fernando Mendes, Waldick Soriano e, o mais conhecido, Reginaldo Rossi como personagens. 

Mas para Pablo o arrocha vai além disso, e foi criado mesmo é por ele. "O arrocha veio da Bahia. Eu que criei o gênero há 15 anos, quando eu falava arrocha para os casais dançarem agarradinho na antiga seresta", disse ele, em entrevista exclusiva ao Terra

E não está totalmente equivocado. Apesar de características conhecidas, o arrocha já é reconhecido como um ritmo musical independente de seus semelhantes e foi de fato criado pela voz de Homem Não Chora,  através de uma parceria com o amigo Nelsinho no Grupo do Arrocha. 

Carnaval em Salvador e a pressão de ser destaque 

Apesar de seu sucesso ser recente para o restante do Brasil, Pablo é uma sensação na Bahia há muito tempo. No Carnaval de Salvador, se apresenta há três anos, sempre como destaque, o que tira a pressão de ser um hit de verão. "O Carnaval já faço há três anos. O público cobra bastante, mas é muito gostoso. Levar o arrocha na avenida, ter milhões de pessoas te seguindo...", lembrou, em clima nostálgico. 

Mas nem adianta pedir um clima de agito e ostentação. O negócio de Pablo é romance. "Eu não falo de ostentação, falo do amor como ele é vivido e sentido. Talvez por isso as pessoas se identifiquem tanto", garantiu, revelando, inclusive, seus grandes ídolos na música: "Zezé Di Camargo e Luciano." 

Confira a entrevista 

Terra - Você já deve ter percebido que o arrocha, assim como o funk, tem se tornado um tipo de ritmo acompanhado de letras que ostentam a riqueza dos músicos que as escrevem. Na raiz, o arrocha é um estilo de música romântico, como você também. Você aprova essa nova trilha que está sendo traçada pelo estilo?

Pablo -  O arrocha que eu faço é o arrocha romântico. Eu não falo e nem me envolvo com ostentação, falo do amor e como ele é vivido e sentido. Talvez por isso as pessoas se identifiquem tanto. 

A música baiana é nacionalmente conhecida pelo axé e ritmos baseados na percussão. Estilos de “música brega” como o arrocha são mais populares em regiões mais ao norte. O arrocha, no entanto, é de origem baiana. Como você acredita que essa formação tenha ocorrido?

O arrocha veio da Bahia. Eu que criei o gênero há 15 anos, quando eu falava arrocha para os casais dançarem agarradinho na antiga seresta. Então, o pessoal não falava mais que ia pra seresta e sim pro arrocha. O arrocha é genuinamente um ritmo baiano. Criado na cidade de Candeias. 

E agora que você alcançou um sucesso nacional, como está sendo a preparação para esse Carnaval? Você se sente mais destacado e, consequentemente, pressionado?

Não. Eu continuo fazendo meu trabalho, levando minha música para os quatro cantos do mundo. O Carnaval já faço há três anos. O público cobra bastante, mas é muito gostoso. Levar o arrocha na avenida, e ter milhões de pessoas te seguindo... 

Inclusive, você já tem uma boa experiência em participar do Carnaval de Salvador. Qual a principal virtude que um artista deve ter para conseguir contagiar um público que enfrenta uma verdadeira maratona, com muito sol e calor, para conseguir acompanhar os shows?

Deixar o público animado, sempre, e fazer com que esses obstáculos não os façam desistir de estar ali com você. Eu sempre saio à noite com meu bloco. 

Homem Não Chora  é um grande hit do verão 2014/15. Você consegue explicar em palavras o que seria esse movimento da “sofrência” que se formou em torno da música?

A sofrência é uma expressão do povo. Muito divertida, por sinal! Pra mim, sofrer pode ser de vários modos, por uma música que te faça lembrar de alguém, uma saudade, uma briga, um término, uma traição... 

Qual você acredita ter sido a inspiração para Homem Não Chora?

Não sei bem. A música não é de minha autoria. É do amigo Roni dos Teclados. Mas, sem dúvida, essa música é da sofrência. Linda letra, com arranjos exclusivos. 

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Fonte: Terra
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