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Por homenagem, pernambucano segura flor na boca por 48h

12 fev 2013 - 22h01
(atualizado às 22h05)
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<p>A flor serve para homenagear um personagem do folclore local</p>
A flor serve para homenagear um personagem do folclore local
Foto: Diego Garcia / Terra

O recifense Manuel Arruda era um dos mais animados durante as apresentações do Maracatu e do Corredor do Frevo nesta terça-feira, no último dia de festas na capital de Pernambuco. Fantasiado de caboclo de lança, o folião explicou que usava uma flor na boca durante ao menos 12h por dia durante os quatro dias de Carnaval, apenas para homenagear o personagem do folclore local.

"Fico do meio-dia até a meia-noite segurando essa flor na boca. Tudo para homenagear esse personagem que admiro tanto", avisou Manuel Arruda, 46 anos, que disse trabalhar com finanças. Ele explicou que, contudo, não pode ser considerado um caboclo de lança original.

"Eles participam de campeonatos, se reúnem, a coisa é séria. Não tenho interesse por enquanto em me tornar um deles, mas sempre faço essa homenagem. É o 10° ano seguido já", continuou ele, que ainda disse que foi sua mulher Ana Regina, 48 anos e comerciante, que produziu a fantasia.

"Levo o ano inteiro para fazê-la. São umas 150 lantejoulas por dia, são milhares no total. Mas vale a pena", afirmou Ana. "Pesa demais, mas o esforço é gratificante apenas para homenagear os caboclos de lança", concluiu Manuel Arruda.

A figura folclórica do caboclo de lança, ou lanceiro africano, é considerado um dos símbolos da cultura pernambucana. Os personagens obedecem a rituais antes das apresentações, como abstinência sexual, benção das lanças e das flores que levam entre os dentes. 

*O jornalista viajou a convite da prefeitura de Recife

Fonte: Terra
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