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Campeã de 2009, Salgueiro sai com Viviane Araújo de rainha

15 fev 2010 - 03h01
(atualizado às 09h42)
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A Unidos do Salgueiro foi a penúltima escola que se apresentou na avenida neste domingo de Carnaval carioca. Tentando o bicampeonato, a escola cantou o enredo Histórias sem fim. Para conquistar mais um título, o Salgueiro trouxe como destaque a rainha de bateria Viviane Araújo, que causou furor na concentração quando apareceu com uma fantasia inspirada em As Mil e Uma Noites e repleta de cristais Swarovski. Viviane se apresentou com uma roupa dourada e diversas pulseiras, que ela trouxe dos Emirados Árabes. Uma peça de pedra coral estava incrementada com mais alguns cristais da marca.

A comissão de frente, dirigida pelo coreografo Hélio de Jesus Djani, trouxe uma mensagem de amor e arte. Os monges copistas se transformaram em cavaleiros e reproduziram iluminuras. O resultado do efeito foi a reprodução de um caleidoscópio. Além disso, para impressionar os jurados, a vermelho e branco da Tijuca colocou alguns acrobatas em argolas suspensas e distribuiu 500 livros para o público da Sapucaí.

Arte

Apostando em carros iluminados, o Salgueiro apresentou na Sapucaí a versão carnavalesca d'Os Três Mosqueteiros e do clássico O Guarani. Como é de praxe nas apresentações do carnavalesco Renato Laje, tetracampeão da elite do Carnaval do Rio de Janeiro, a receita da agremiação para o bicampeonato foi um enredo de fácil assimilação pelo publico.

A atual campeã do Carnaval carioca contou com 55 acrobatas da Intrépida Trupe no carro abre-alas. Em meio a letras e imensas réplicas de impressoras, os artistas apresentaram alguns números de acrobacias em cima de arcos, gangorras e tripés. Puxado pelo mestre Quinho, os integrantes do Salgueiro levaram ao sambódromo luxuosos carros alegóricos com livros gigantes que foram desde a Bíblia até a Literatura greco-romana. A apresentação contou ainda com o carro alegórico O Brasil Mestiço, que destacou o romance O Guarani, de José de Alencar.

Histórico

O Grêmio Recreativo Unidos do Salgueiro foi fundado em 5 de março de 1953 no Morro do Salgueiro, no Rio de Janeiro, quando os moradores já mostravam a musicalidade e faziam composições diariamente. Era uma vida marcada pela altura do morro de pedra ainda bruta, mas com uma vista privilegiada da cidade. Com tamanha diversidade, o morro chegou a abrigar mais de dez blocos, entre eles o Capricho do Salgueiro, Flor dos Camiseiros, Terreiro Grande, Príncipe da Floresta, Pedra Lisa, Unidos da Grota e Voz do Salgueiro. Todos com um grande número de componentes que desciam do morro para brincar na Praça Saenz Peña e nas famosas batalhas de confete da Rua Dona Zulmira, onde o Salgueiro era respeitado pelo talento de seus compositores e mostrava a todos que já era uma verdadeira academia de samba.

O enredo deste ano foi Histórias sem Fim, com inspiração nos livros e principalmente no escritor Jorge Luis Borges. A autoria do enredo é assinada por Josemar Manfredini, Brasil do Quintal, Jassa, Betinho do Ponto e Fernando Magaça.

Ficha técnica

Presidente: Regina Celi

Carnavalesco: Renato Lage

1º casal de mestre-sala e porta-bandeira: Ronaldinho e Gleice Simpatia

Intérprete do samba: Quinho

Rainha da Bateria: Viviane Araújo

Cores: Vermelho e branco

Posição no Carnaval de 2009: Campeã do Carnaval 2009

O enredo deste ano da Salgueiro foi Histórias sem Fim
O enredo deste ano da Salgueiro foi Histórias sem Fim
Foto: Bruno Gonzalez / Futura Press
Fonte: Redação Terra
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