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Conheça as rainhas à frente das escolas do grupo especial do Rio

14 fev 2010 - 04h30
(atualizado às 04h55)
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De 7 aos 73 anos. Não importa a idade e não há contraindicação médica para reinar no Carnaval do Rio de Janeiro, que começa neste domingo na marquês de Sapucaí. Basta ter samba no pé e disposição. A alegria da novata Julia Lira, 7 anos, a alçou ao cobiçado posto de rainha da Viradouro. A vitalidade de Elza Soares, 73 anos, a consagrou madrinha de bateria da Mocidade.

Rainha de bateria da Salgueiro, Viviane Araújo  será carregada por 12 lindos guardiães
Rainha de bateria da Salgueiro, Viviane Araújo será carregada por 12 lindos guardiães
Foto: Anderson Borde / AgNews

"Tenho um comprometimento com a comunidade da vila Vintém. Sou filha dessa terra", diz a cantora, que está com o tornozelo torcido há três meses e virá em cima de um trono. "Não vou aguentar ficar sentada o tempo todo. Vou dar uma sambadinha no chão para agradecer o carinho do público", adianta ela, que dividirá o espaço à frente dos ritmistas com a rainha Thatiana Pagung.

As estreantes no Grupo Especial Renata Santos, Juliana Portela e Bruna Bruno, assim como as coreografias de Paola Oliveira, Viviane Araújo e Gracyanne Barbosa merecem atenção especial. Um folião precoce também vai pular Carnaval na barriga da mãe Adriane Galisteu. E como não reparar no requebrado de Valesca Popozuda, nas curvas de Rayssa Oliveira e na exuberância de Luiza Brunet? Conheça as rainhas das beterias das escolas especiais do Rio de Janeiro.

Bruna Bruno

Há seis anos à frente da bateria da União da Ilha, a rainha Bruna Bruno, 26 anos, vai sentir pela primeira vez a sensação de se apresentar pela agremiação no grupo especial. No ano passado, a escola foi campeã do grupo de acesso e voltou à elite do samba. "Estou muito confiante. Defendo a União com muito amor. Desde criança sabia que seria rainha da minha escola", diz ela. A fantasia de Bruna representará a paixão do Rei Mambrino. "Será um biquíni vermelho, só de cristais, banhado a ouro", afirma.

Império de luxo e devoção

O mar de fiéis que a Imperatriz Leopoldinense vai levar para a avenida ao defender o enredo sobre religiões conta com uma majestade fervorosa à frente da bateria, a veterana Luiza Brunet. "Não gosto de rainhas que ficam pipocando de uma escola para outra. Tem que vestir a camisa. Se a escola descer, tem que se apresentar no grupo de scesso também", diz, do alto de 24 anos de reinado. Foram 8 anos como rainha de bateria da Portela. Desde 1995, ela reina na Imperatriz, de onde só saiu em 2006 para uma curta aposentadoria até 2008. "Senti falta do Carnaval. Agora vou me apresentar até quando quiser", afirma, aos 47 anos.

Adriane Galisteu

Grávida de quatro meses, Adriane Galisteu vai pisar no sambódromo "irradiando felicidade", como ela diz. Além de trazer na barriga o fruto de seu namoro com o estilista Alexandre Iódice, ela completa 15 anos de Avenida. "É muita alegria. Olha que eu sou uma paulista no samba carioca. Mesmo o Carnaval de lá evoluindo muito, ainda não existe nada parecido com isso aqui", afirma. Ela já passou pela Portela e Acadêmicos da Rocinha até chegar à Unidos da Tijuca, onde está há quatro anos.

Julia Lira

Antes de entrar na avenida, Julia Lira, 7 anos, tornou-se a maior polêmica deste Carnaval. Ela foi escolhida pelo pai, Marcos Lira, presidente da Viradouro, para ocupar o cargo de rainha de bateria. O Juizado de Menores quis vetar e não conseguiu. A notícia rodou o mundo. Deu até no New York Times. Às vésperas da folia, ela concedeu entrevista para o jornal americano, para a rede de TV CNN e para a agência de notícias Reuters. "Julia sempre saiu ao lado do pai. No ensaio técnico, sambou o tempo todo. Minha filha não é passista, não virá de biquíni, mas é uma criança que adora Carnaval", diz a mãe Mônica Lira. A menina virá representando o tesouro dos piratas, no enredo sobre o México.

Viviane Araújo

Segundo o livro 'As Mil e Uma Noites', Sahrazad tornou-se rainha depois de encantar o rei contando a ele uma história por noite. Confiante no seu poder de encantamento, Viviane Araújo, 34 anos, vai encarnar a lendária figura à frente dos ritmistas do Salgueiro, fantasiados de Ali Baba. Durante a apresentação, ela será levantada por cerca de 12 guardiães. "Estou tensa por conta da coreografia. Mas a escola está muito bem preparada, mas sem 'já ganhou'. Vamos chegar com muito samba no pé", diz, na torcida pelo bicampeonato da Vermelha e Branca da Tijuca, em que está há três anos.

Rayssa Oliveira

No enredo que homenageia os 50 anos de Brasília, a fantasia da rainha nilopolitana Rayssa Oliveira, 19 anos, representará a liberdade em referência a Independência do Brasil. O figurino leva assinatura do estilista Ary Mesquita. "Só posso dizer que a roupa é amarela e branca, com asas, comportada. A fantasia seria verde, mas não gosto dessa cor e pedi para trocar", conta ela, que virá à frente dos ritmistas vestidos de Dragões da Independência. Há 7 anos reinando na Azul e Branco de Nilópolis, ela diz que ainda consegue sentir um "friozinho na barriga" antes de entrar na avenida. "O nervosismo é o mesmo desde a minha estreia. Cada apresentação é uma sensação única", conta Rayssa.

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