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Homenagem a país africano garantiu 13º título à Beija-Flor

Veja como foi a apresentação da escola de Nilópolis, que conquistou mais um campeonato com Neguinho, Claudia Raia e companhia

18 fev 2015 - 18h14
(atualizado às 18h24)
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Não teve para ninguém. A Beija-Flor foi a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, após a apuração desta quarta-feira (18), na Marquês de Sapucaí. Com pontuação máxima em 8 dos 9 quesitos, a escola fez 269,9 pontos e só perdeu um décimo, ficando 0,4 pontos à frente do Salgueiro, segundo colocado. A polêmica sobre o financiamento do desfile pelo governo ditador da Guiné Equatorial não impediu o 13º título da escola, que manteve figuras tradicionais como Neguinho da Beija-Flor, a porta-bandeira Selminha Sorriso e a atriz Claudia Raia. 

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Com o enredo “Um Griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa felicidade, a agremiação só não garantiu a perfeição nas notas no quesito "samba-enredo".

Na Sapucaí, a Beija-Flor não empolgou tanto como escolas que vieram antes. Não houve surpresas como as que apareceram no desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel, do carnavalesco Paulo Barros, e tampouco houve o brilho exibido pela Portela logo antes. Mesmo assim, a apresentação da escola foi competente, com riqueza de detalhes e sem erros graves. Foi o suficiente para garantir o título.

Por uma hora e 20 minutos, a história da Guiné Equatorial foi contada. Sem críticas, houve espaço para enaltecer as belezas naturais do país através do relato de um griô, espécie de contador de histórias na lenda popular africana.

De onde vem a polêmica do desfile?

A Beija-Flor foi patrocinada pelo governo da Guiné Equatorial para contar a história do país africano. De acordo com o jornal O Globo, a fortuna paga chega a R$ 10 milhões, valor não confirmado e nem negado pela escola de samba. Obviamente, na Sapucaí só foram mostradas facetas positivas do território, não os – inúmeros – aspectos negativos do país.

A Guiné Equatorial é comandada desde 1979 por Teodoro Mbasogo, em uma das ditaduras mais longínquas do planeta na atualidade. O presidente foi quem pagou pelo desfile – tem uma das maiores fortunas entre líderes mundiais, segundo a Forbes –, em uma tentativa de melhorar a imagem do seu país. No último mês, a Copa Africana de Nações de futebol foi disputada na Guiné Equatorial.

Segundo ONGs, Mbasogo é acusado de infringir diversos direitos humanos em seu mandato. O país carrega na alma a pobreza, em contraste com a riqueza de seu governante. O filho do ditador está na Sapucaí com uma comitiva local para conferir de perto o desfile da escola de samba. O embaixador da nação no Brasil foi homenageado em um carro.

Abram alas para Cláudia Raia

Claudia Raia desfilou mais uma vez pela tradicional Beija-Flor
Claudia Raia desfilou mais uma vez pela tradicional Beija-Flor
Foto: Anderson Borde / AgNews

Integrante tradicional da escola de Nilópolis, Cláudia Raia para variar reinou na avenida. Desta vez, a musa apareceu logo atrás do carro abre-alas, que contava com uma floresta e mulheres nuas para mostrar a exuberância da África. Além da atriz, outras musas esbanjaram corpos lindos pela escola, como a Rainha da Bateria Raíssa Oliveira. O diretor global Boni, homenageado pela escola no ano passado, esteve no desfile logo à frente da bateria.

Samba-enredo e bateria empolgam

Apesar do tema ter virado motivo de discussão, o samba-enredo e a bateria animaram o público na Sapucaí – Neguinho da Beija-Flor com certeza ajuda muito nisto. Especialmente os ritmistas, que cadenciaram bem a batida com bossas em diversos trechos da música. Novamente, houve a presença de frigideira entre os instrumentos, culminando em um som metálico. 

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Musas em zoom Musas em zoom

Fonte: Terra
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