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Pitty leva o rock ao circuito Osmar em noite de afros

14 fev 2010 - 09h13
(atualizado às 09h22)
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A pouca divulgação, aliada à programação do dia no Campo Grande, levou um público pequeno, eclético, mas bastante animado para o trio Carnivalha, puxado pela roqueira Pitty, pela banda Radiola e por Nancy Viegas na noite deste sábado, 13. O trio saiu da Praça Castro Alves por volta das 20h30 em direção ao Campo Grande, levando, em sua maioria, fãs da roqueira baiana.

Pitty leva o rock ao Carnaval de Salvador
Pitty leva o rock ao Carnaval de Salvador
Foto: Luciano da Matta / Agência A Tarde

Na pista, os jovens, maior parte do público que acompanhava o Carnivalha, estampavam em camisas a admiração pela cantora. "Sou muito fã dela. Amo mesmo. Até vinha escondido para a festa porque minha mãe não queria que eu estivesse aqui, mas depois ela me liberou", contou a estudante Daniele Silva, de 15 anos.

No circuito mais antigo do Carnaval, pela primeira vez, Pitty falou sobre a sua estreia na folia baiana e demonstrou ter gostado da experiência de tocar em um trio elétrico. "Quem está aqui pela primeira vez? Já tinha vindo para o Carnaval, mas ainda muito pequena com o meu pai. Para a gente é muito diferente tocar aqui", revelou a cantora.

O repertório do trio ao longo do percurso foi marcado pelas mais famosas músicas de Pitty, além de canções do grupo Radiola e de Nancy Viegas. A maior parte da apresentação no Campo Grande, contudo, ficou por conta de Pitty, que do trio agradeceu à iniciativa do governo de abrir espaço para outros ritmos na folia.

"Queria agradecer à galera pela diversidade da música no Carnaval, de poder cantar rock aqui na Avenida". Em seguida, Pitty cantou a música "Você me adora", e foi acompanhada em coro pelo público, que a seguia no percurso, protagonizando um dos momentos mais animados da festa na passarela do Campo Grande na noite neste sábado.

A participação de Pitty também teve espaço para reclamações na folia baiana. A cantora queixou-se do barulho entre os trios durante sua apresentação no circuito Osmar. "Olha, a concorrência está muito forte aqui. Vocês estão ouvindo (o som)", perguntou, referindo-se ao trio Africantar, que estava logo à frente do seu na Praça do Campo Grande.

Diversidade
Em uma noite dominada por blocos de samba, afro e pagode, o Carnivalha fez a diferença no circuto mais tradicional do Carnaval e provou que a folia baiana, majoritariamente animada por bandas de axé e pagode, tem espaço sim para o rock. Na rua, os fãs do ritmo comemoram a permanência de atrações alternativas na grade dos principais circuitos.

Para o universitário Gabriel Alencar, 25, as opções musicais devem ser presença cada vez maior no Carnaval de Salvador. "As pessoas são diferentes, gostam de sons e ritmos diferentes, então, deve-se oferecer opções para todos os gostos. Se colocarem só trios de axé, somente as pessoas que gostam deste ritmo é que vão curtir a festa".

A estudante Daiane Oliveira também destacou a necessidade de a organização da festa oferecer atrações para todos os gostos. "Deve-se investir mais em uma programação diferenciada. O trio mesmo só veio vazio porque não houve uma divulgação", opinou.

Fonte: Agência A Tarde
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