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Advogado da Império diz que torcedor se arrependeu de tumulto

22 fev 2012 - 13h54
(atualizado às 14h02)
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MARINA NOVAES
Direto de São Paulo

O advogado da escola Império de Casa Verde, Eduardo Moraes, disse nesta quarta-feira (22) que o torcedor Tiago Ciro Tadeu Faria, que iniciou a confusão que interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo ontem, se disse arrependido do episódio. "Ele falou que se arrependeu, que agiu por impulso. Foi um momento de raiva, mas ele não quis se envolver na pancadaria".

Tiago foi detido logo depois da confusão no Anhembi
Tiago foi detido logo depois da confusão no Anhembi
Foto: Mauro Horita / Especial para Terra

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Ainda de acordo com o defensor, ele prestou assessoria jurídica a Tiago no primeiro momento e vai se oferecer hoje à tarde para assumir sua defesa no caso. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros.

Mais cedo, o presidente da escola, Alexandre Furtado, afirmou que o tumulto foi "uma falha de segurança". "Não foi uma falha da escola. Ele (Tiago) não faz e nunca fez parte da nossa diretoria", afirmou. Já o vice-presidente, Paulo Ferreira, reforçou que Tiago não estava no local com conhecimento ou permissão da diretoria. Eles alegam ter recebido apenas oito pulseiras que davam acesso à apuração. "Era o nono integrante da mesa porque não sabemos onde ele conseguiu essa pulseira".

"Se ele tivesse alguma função na escola, no mínimo constaria na lista de credenciamento, com o nome dos integrantes, e ele não está. Foi uma surpresa muito grande toda a confusão que aconteceu. Nós estávamos tranquilos porque a gente já sabia que não iria ganhar", completou.

Ainda de acordo com Ferreira, a invasão à mesa dos jurados não teve colaboração de outros integrantes da Casa Verde: "nós nem tínhamos torcedores na arquibancada". Ele garantiu que a escola vai acompanhar as investigações e que não acham que merecem ser desclassificados.

Entenda o caso
Uma confusão promovida por integrantes de escolas de samba interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21). Faltando apenas uma nota dez para assegurar o título para a Mocidade Alegre, Tiago Ciro Tadeu Faria, 29 anos, integrante da Império de Casa Verde, invadiu a área de apuração, tomou o último envelope das mãos do leitor e o rasgou.

O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), anunciou a detenção do principal responsável por todo o tumulto. Caue Santos Pereira, 20 anos, integrante da Gaviões da Fiel, também foi detido, este por atirar objetos. De acordo com o major da Polícia Militar de São Paulo, Alexandre Gaspariano, cinco integrantes de escolas de samba foram detidos.

Com isso, a confusão se tornou generalizada e a leitura das notas foi interrompida. Até este ponto, a Mocidade Alegre liderava a apuração com um total de 160 pontos. Solange Bichara, presidente da agremiação, evitou considerar a escola campeã do Carnaval de 2012. "Não posso me considerar campeã por algo que não aconteceu", afirmou.

Uma reunião extraordinária entre a Liga das Esclas de Samba e os diretores das agremiações foi montada para decidir o desfecho do Carnaval 2012.

O tumulto se espalhou no entorno do Sambódromo. Torcedores foram vistos chutando os portões próximos à área da dispersão. Pouco depois, um carro alegórico da Pérola Negra foi incendiado por um grupo ainda não identificado. A alegoria tinha estrutura toda de palha, representando um índio gigante, e foi totalmente destruída pelo fogo.

Fonte: Terra
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