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Detidos em apuração devem entrar com pedido de liberdade provisória

22 fev 2012 - 13h26
(atualizado às 15h38)
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Thaís Sabino
Direto de São Paulo

Os advogados de Cauê Santos Ferreira e Tiago Ciro Tadeu Faria devem entrar com pedido de liberdade provisória para seus clientes, que foram detidos na tarde desta terça-feira durante a apuração dos votos do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo.

Tiago foi preso após rasgar os votos durante a apuração
Tiago foi preso após rasgar os votos durante a apuração
Foto: Mauro Horita / Especial para Terra

Davi Gebara, que defende Cauê Santos Ferreira, integrante da torcida e escola de samba Gaviões da Fiel, conversou com oTerra por telefone e informou que vai entrar com um pedido de liberdade provisória para seu cliente na tarde de hoje, no fórum da Barra Funda.

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Já Eduardo Lemos de Moraes, advogado de Tiago Ciro Tadeu Faria, integrante da Império de Casa Verde, informou que vai conversar com o cliente antes de entrar com o pedido. "Primeiro eu vou conversar com ele e ver se ele quer que eu continue sendo o seu representante ou se quer indicar outro advogado. Caso ele aceite, vou entrar com o pedido de liberdade provisória ainda hoje", disse.

Por volta das 13h30, o advogado chegava ao seu escritório. Antes de ir até o fórum, Moraes iria passar no Centro de Detenção Provisória (CDP) onde seu cliente permanece detido. De acordo com o defensor, é possível que Faria consiga a liberdade. "Acredito que exista grande chances do Tiago responder em liberdade, mas isso é o judiciário que vai definir", concluiu.

Entenda o caso

Uma confusão promovida por integrantes de escolas de samba interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21). Faltando apenas uma nota dez para assegurar o título para a Mocidade Alegre, Tiago Ciro Tadeu Faria, 29 anos, integrante da Império de Casa Verde, invadiu a área de apuração, tomou o último envelope das mãos do leitor e o rasgou.

O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), anunciou a detenção do principal responsável por todo o tumulto. Caue Santos Pereira, 20 anos, integrante da Gaviões da Fiel, também foi detido, este por atirar objetos. De acordo com o major da Polícia Militar de São Paulo, Alexandre Gaspariano, cinco integrantes de escolas de samba foram detidos.

Com isso, a confusão se tornou generalizada e a leitura das notas foi interrompida. Até este ponto, a Mocidade Alegre liderava a apuração com um total de 160 pontos. Solange Bichara, presidente da agremiação, evitou considerar a escola campeã do Carnaval de 2012. "Não posso me considerar campeã por algo que não aconteceu", afirmou.

Uma reunião extraordinária entre a Liga das Escolas de Samba e os diretores das agremiações foi montada para decidir o desfecho do Carnaval 2012. O Presidente da Liga, Paulo Sérgio Ferreira, citou o artigo 29 que diz que, quando um jurado não vota, a nota estabelecida é 10. Dessa maneira, todos os votos que não haviam sido contabilizados foram 10 e a Mocidade, que já estava liderando a contagem, se tornou a vencedora.

O tumulto se espalhou no entorno do Sambódromo. Torcedores foram vistos chutando os portões próximos à área da dispersão. Pouco depois, um carro alegórico da Pérola Negra foi incendiado por um grupo ainda não identificado. A alegoria tinha estrutura toda de palha, representando um índio gigante, e foi totalmente destruída pelo fogo.

Fonte: Terra
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