PUBLICIDADE

Presidente da Império: foi falha de segurança, não da escola

22 fev 2012 - 13h33
(atualizado às 13h57)
Compartilhar
MARINA NOVAES
Direto de São Paulo

O presidente da escola Império de Casa Verde, Alexandre Furtado, afirmou nesta quarta-feira (22) que o tumulto que interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo ontem foi "uma falha de segurança". "Não foi uma falha da escola. Ele (Tiago Ciro Tadeu Faria, que iniciou a confusão) não faz e nunca fez parte da nossa diretoria", afirmou em entrevista coletiva.

A diretoria da escola voltou a negar responsabilidade pelos atos de vandalismo
A diretoria da escola voltou a negar responsabilidade pelos atos de vandalismo
Foto: Paulo Fischer / Futura Press

Infográfico: Quem devem ser as musas de São Paulo e do Rio de Janeiro? Vote

Infográfico: Axé, frevo, samba e mais; veja musas do Carnaval pelo País

Infográfico: Saiba tudo o que rolou nos desfiles das escolas de SP e do Rio

O vice-presidente da agremiação, Paulo Ferreira, reforçou que Tiago não estava no local com conhecimento ou permissão da diretoria. Eles alegam ter recebido apenas oito pulseiras que davam acesso à apuração. "Era o nono integrante da mesa porque não sabemos onde ele conseguiu essa pulseira".

"Se ele tivesse alguma função na escola, no mínimo constaria na lista de credenciamento, com o nome dos integrantes, e ele não está. Foi uma surpresa muito grande toda a confusão que aconteceu. Nós estávamos tranquilos porque a gente já sabia que não iria ganhar", completou.

Ainda de acordo com Ferreira, a invasão à mesa dos jurados não teve colaboração de outros integrantes da Casa Verde: "nós nem tínhamos torcedores na arquibancada". Ele garantiu que a escola vai acompanhar as investigações e que não acham que merecem ser desclassificados.

Entenda o caso
Uma confusão promovida por integrantes de escolas de samba interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21). Faltando apenas uma nota dez para assegurar o título para a Mocidade Alegre, Tiago Ciro Tadeu Faria, 29 anos, integrante da Império de Casa Verde, invadiu a área de apuração, tomou o último envelope das mãos do leitor e o rasgou.

O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), anunciou a detenção do principal responsável por todo o tumulto. Caue Santos Pereira, 20 anos, integrante da Gaviões da Fiel, também foi detido, este por atirar objetos. De acordo com o major da Polícia Militar de São Paulo, Alexandre Gaspariano, cinco integrantes de escolas de samba foram detidos.

Com isso, a confusão se tornou generalizada e a leitura das notas foi interrompida. Até este ponto, a Mocidade Alegre liderava a apuração com um total de 160 pontos. Solange Bichara, presidente da agremiação, evitou considerar a escola campeã do Carnaval de 2012. "Não posso me considerar campeã por algo que não aconteceu", afirmou.

Uma reunião extraordinária entre a Liga das Esclas de Samba e os diretores das agremiações foi montada para decidir o desfecho do Carnaval 2012.

O tumulto se espalhou no entorno do Sambódromo. Torcedores foram vistos chutando os portões próximos à área da dispersão. Pouco depois, um carro alegórico da Pérola Negra foi incendiado por um grupo ainda não identificado. A alegoria tinha estrutura toda de palha, representando um índio gigante, e foi totalmente destruída pelo fogo.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade