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SP: 3 cidades são homenageadas em 2º dia de apresentações

14 fev 2010 - 07h56
(atualizado às 10h29)
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O segundo dia de apresentações das escolas de samba no Anhembi, em São Paulo, que ocorreram entre a noite de sábado e a manhã deste domingo, foi marcado por três homenagens a cidades brasileiras. A Águia de Ouro contou a história da cidade de Ribeirão Preto; a Tom Maior levou Brasília, a capital do país, para a avenida; e a Casa Verde contou a história da cidade de Itu e suas obras em tamanho gigante.

Com Gracyanne Barbosa, a Império da Casa Verde homenageou a cidade de Itu
Com Gracyanne Barbosa, a Império da Casa Verde homenageou a cidade de Itu
Foto: Orlando Oliveira / AgNews

Os ritmistas da bateria da Águia de Ouro mostraram com harmonia e roupas prateadas o brilho do rio Ribeirão. Na concentração, um problema entre dois carros fez a escola mudar a ordem da apresentação. O quinto veículo substituiu o carro anterior. A rainha de bateria, a modelo e funkeira Valeska Popozuda, disse antes de começar a apresentação que dependeu do aval do seu médico. Internada com pneumonia, ela recebeu alta há menos de três semanas.

A Tom Maior homenageou os 50 anos da Capital Federal. Vestido com a faixa presidencial, que lembrava a do presidente da República, o carnavalesco René Sobral soltou a voz e cantou o samba da escola. Um dos carros da Tom representou o terceiro milênio e a evolução da cidade. A formação dos brasilienses foi o grande destaque dos 50 anos da capital. A modelo Dani Sperle, que na primeira noite perdeu o tapa-sexo durante sua apresentação pela Imperador do Ipiranga, brilhou na escola usando uma fantasia feita apenas com pedras.

A rainha de bateria da Império da Casa Verde foi a modelo Gracyanne Barbosa, uma das presenças mais esperadas da noite. Ela entrou na avenida com a menor fantasia já usada pela modelo. As passistas simbolizaram os índios que conseguiram fugir durante a colonização de Itu. A fantasia das crianças marcou a burguesia agrária da região, com da cana-de-açúcar e da produção de café. O quarto e gigantesco carro, como já é tradição da escola de Casa Verde, foi o destaque na avenida, marcando a religiosidade na cidade de Itu. A bateria ditou a harmonia e ritmo da apresentação da escola que terminou de forma tranquila a passagem pelo Anhembi.

Durante a sua apresentação, a Mocidade Alegre, campeã de 2009, contou a história da criação do universo. Com as tradicionais cores vermelho e branco, a escola novamente teve Nani Moreira como rainha de bateria. O primeiro destaque entrou sambando na avenida com uma bela e luminosa fantasia de 15kg, as diversas cores alternavam e mudavam de cor o tempo todo. O passista representou o tema Luz Divina e comandou a harmonia e o samba-enredo da escola. O último carro da escola foi uma homenagem ao fundador da Mocidade, que morreu neste ano.

A X-9 Paulista cantou seu samba-enredo falando sobre a ligação entre Brasil e Portugal, lembrando a herança da colonização no País. O cantor português Roberto Leal a atriz Rita Cadillac foram alguns dos famosos na avenida. Vestido de Carmen Miranda, o puxador da X-9, além de surpreender na fantasia, cantou no Anhembi a união dos países. A escola decidiu inovar e entrou na avenida com uma verdadeira "comissão" de belas mulheres à frente da bateria. Ao todo, foram cinco musas: a rainha Yasmine Tainá, eleita pelo concurso da escola; a madrinha Adriana Santos; Janaina do Mar e Jéssica Teles, princesas de bateria; e a eterna rainha Priscila Reis.

A Gaviões da Fiel foi a que mais levantou o público, ao entrar na passarela para cantar seu samba-enredo que fala do Corinthians, homenageando o centenário do time do parque São Jorge. O carro abre-alas da Gaviões da Fiel teve como atração alguns jogadores como Jorge Henrique, Dentinho, Willian, Elias e o técnico Mano Menezes. Cada um estava com uma letra no peito formando o nome do time. Já o fenômeno Ronaldo teve a ajuda de um guindaste do Corpo de Bombeiros para subir no último carro alegórico da Gaviões da Fiel. Além da madrinha e rainha da bateria da escola, respectivamente Sabrina Sato e Tatiane Minerato, quem encantou o público foi Geisy Arruda, a estudante conhecida pela polêmica de seu vestido curto usado em aula.

A Pérola Negra, que encerrou as apresentações do Carnaval de São Paulo, teve a superação como o ponto alto da apresentação. Parte do material da escola foi danificado depois de 48 dias de fortes chuvas em São Paulo. Um dos carros da Pérola, que representou a cidade de São Paulo, teve sua frente toda forrada com tecidos que foram molhados durante os vários dias de enchentes que atingiram a capital paulista. Os tecidos eram de fantasias que foram atingidas pela água. O diretor de Carnaval da Pérola resolveu aproveitar parte do material afetado pela chuva e utilizar as peças na decoração dos carros. A vocalista do grupo Calcinha Preta, Paulinha Abelha, estreou na avenida pela Pérola Negra no Carnaval de São Paulo.

A apuração dos votos para definir a vencedora deste ano será realizada nesta terça-feira, às 16h, no próprio sambódromo.

Fonte: Terra
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