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Um milhão de foliões pularam Carnaval em SP, diz Prefeitura

Cálculo ainda não é fechado por conta de blocos que ainda saem no fim de semana; festa teve R$ 36,3 milhões de recursos públicos

7 mar 2014 - 13h19
(atualizado às 14h26)
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Um milhão de pessoas pularam o Carnaval na cidade de São Paulo em 2014 no Sambódromo do Anhembi e em mais de 200 blocos de rua -172 deles, cadastrados na Prefeitura. Os números, preliminares, foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelas secretarias municipais de Turismo, Governo e Cultura, que minimizaram os estragos causados pelo folião em algumas regiões e prometeram maior fiscalização para o Carnaval 2015.

<p>Bloco Jegue Elétrico, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista</p>
Bloco Jegue Elétrico, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

A não totalidade dos números foi justificada pelo fato de o Carnaval de rua ainda não ter terminado - há blocos previstos ainda para este final de semana, por exemplo, em bairros como Pinheiros (zona oeste).

Ao todo, a Prefeitura destinou para a festa R$ 36,3 milhões, entre R$ 10 milhões para infraestrutura e R$ 25 milhões às escolas de samba, que demandaram mais R$ 1,3 milhão, na reta final, emergencialmente, para transporte.

De acordo com o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, o Carnaval deste ano "visivelmente levou mais gente às ruas que o de 2013" -ainda que este seja, oficialmente, o primeiro ano em que a Prefeitura legalizou a ação dos blocos por meio de decreto.

O secretário classificou como "atos incivilizados" ações de vandalismo ocorridas em áreas por onde os blocos passaram, como depredação de lixeiras e de placas de sinalização, além de foliões que urinaram nas portas de estabelecimentos residenciais e comerciais.

"Foram mais de um milhão de pessoas pulando o carnaval em algo em torno de 50 regiões da cidade. Tivemos apenas três fatos pequenos", afirmou Ferreira, referindo-se a episódios como depredação na Praça Benedito Calixto, na rua Cardeal Arcoverde e ao atropelamento de foliões, há cerca de duas semanas, em um bloco da Vila Madalena.

O secretário avaliou como "razoavelmente bem feita" a limpeza nas áreas por onde os blocos passaram e considerou que Polícia Militar "se comportou de forma exemplar" durante os trajetos. "Acho um exagero ler em manchete de jornal que o carnaval deixou um 'rastro de destruição'.

Os atos incivilizados ou de vandalismo foram localizados e pequenos.", ponderou, ele que classificou como "fase de transição" a atualmente vivida pela festa de carnaval na cidade, já o poder público optou pela legalização, e não repressão dos blocos.

Só a banheiros químicos, diz a Prefeitura, foram gastos R$ 60 mil - 291 dispostos em 56 blocos, segundo dados preliminares.  O número não considera banheiros bancados por marcas que patrocinaram alguns blocos.

Tanto Ferreira quanto o secretário municipal de Governo, Chico Macena, garantiram que blocos de rua nos quais houver cordões separando pessoas com abadá serão punidos a partir de 2015. A prática pôde ser vista no carnaval deste ano, por exemplo, em blocos do centro e da Vila Madalena.

"Estamos em um processo de voltar a ter possibilidade de as pessoas comemorarem no espaço público, a ocupá-lo, e essa construção é um aprendizado para todos. Cada ano o carnaval daqui será melhor que o anterior. Não proibimos a venda de abadá: esse é um gosto pela caracterização de uma identidade de bloco. O que não pode é cercar 'áreas vip' - este ano não quisemos uma marca repressiva, mas ano que vem, terá punição a esse tipo de prática. O uso de espaço publico não pode ser privatizado", concluiu Ferreira.

Carnaval 2015

O Carnaval paulistano de 2015 deve começar a ser definido no mês de outubro, a exemplo de cidades como Rio, Recife e Salvador, tradicionais redutos carnavalescos do Brasil. Ao todo, dez secretarias participam da organização do evento.

Além de questões como limpeza, banheiros químicos, circuito dos blocos e integração da Prefeitura com a PM, outro aspecto que deve passar por reformulação é a ação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) durante os trajetos dos blocos -uma vez que, este ano, foram comuns não só cenas de foliões improvisando a orientação de tráfego, como a de vias liberadas para veículos durante o percurso dos blocos.

Fonte: Terra
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