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Ator da Globo é acusado de roubo; amigos denunciam racismo

24 fev 2014 - 18h01
(atualizado às 18h17)
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<p>Vinícius Romão em cena da novela 'Lado a Lado', da TV Globo</p>
Vinícius Romão em cena da novela 'Lado a Lado', da TV Globo
Foto: Facebook/Reprodução

O psicólogo e ator Vinícius Romão de Souza, 27 anos, está preso desde 10 de fevereiro após ser acusado de roubo, informou a rádio Globo nesta segunda-feira (24). O caso do artista, que atuou em 2012 na novela Lado a Lado, da TV Globo, gerou comoção na web, já que ele teria sido detido injustamente depois de ser confundido com o verdadeiro assaltante. Conhecidos de Vinícius afirmam que este é mais um caso de preconceito racial, pois o ator é negro.

<p>Vinícius em foto postada nas redes sociais</p>
Vinícius em foto postada nas redes sociais
Foto: Facebook/Reprodução

De acordo com a reportagem, o incidente aconteceu na noite de 10 de fevereiro, quando a copeira Dalva Maria da Costa foi assaltada em um ponto de ônibus na rua Amaro Cavalcanti, no Méier, zona norte do Rio de Janeiro. O criminoso, segundo ela, levou sua bolsa com carteira, celular e outros pertences. Minutos depois, Dalva, que permaneceu chorando no local, foi abordada por um homem que se identificou como policial Freitas, e que a chamou para entrar em seu automóvel.

Em um viaduto próximo, os dois avistaram Vinícius Romão, e Dalva o identificou como sendo o ladrão. Segundo a rádio Globo, o ator estava voltando de seu trabalho como vendedor em um shopping na região, função que ele desempenha para complementar a renda. Após o reconhecimento de Dalva, o policial Freitas imediatamente sacou a arma e revistou Vinícius, que não estava com nenhum dos pertences da vítima.

Mesmo sem portar os objetos da vítima, o ator foi algemado, encaminhado ao 25º Distrito Policial do Engenho Novo, e registrado como flagrante. Em seguida, ele foi levado à Casa de Detenção Patrícia Acioli, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, onde ainda se encontra preso.

Segundo o advogado de Vinícius, Nogueira de Abreu, não é incomum esse tipo de arbitrariedade por parte da polícia, principalmente quando se trata de pessoas negras. “O que houve, na realidade, foi um reconhecimento precipitado, que não foi apurado”.

Nogueira ainda relatou que a liberdade provisória do artista foi solicitada, mas que o juíz responsável pelo caso não se manifestou até o momento em relação a nenhum requerimento feito pela defesa – o advogado também solicitou gravações de uma câmera localizada em frente ao ponto de ônibus em que Dalva foi abordada.

Fonte: Terra
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