Autoridades lamentam morte de José Wilker

Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo, Eduardo Paes, Prefeito do Rio de Janeiro e João Lyra, Governador do Estado de Pernambuco, lamentaram a morte do ator José Wilker, falecido na manhã deste sábado (5). Através de notas enviadas a imprensa, eles expressaram seus sentimentos.

“Com a morte de José Wilker nesta manhã, o Brasil perde um dos artistas mais talentosos e atuantes da televisão, do teatro e do cinema brasileiro. Ator, diretor, produtor, comentarista e escritor, José Wilker agraciou os brasileiros com sua arte e será sempre lembrado pelos seus personagens inesquecíveis. Os mais sinceros sentimentos à família”, escreveu Geraldo Alckmin.

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Para Eduardo Paes, o ator deixará um vazio irreparável. “Grande ser humano e um artista completo, de personagens memoráveis, Wilker deixará um vazio irreparável nas telas país afora”, escreveu o prefeito, completando: “a notícia de seu falecimento traz tristeza a todos que o conheceram e acompanharam sua trajetória e, ao mesmo tempo, um sentimento de gratidão por sua arte e talento. À família e aos amigos, muita força e conforto nesse momento de luto”.

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O Governador João Lyra relembrou trabalhos de José Wilker e lamentou sua morte. “O Governo de Pernambuco registra com enorme pesar a morte deste grande artista profundamente ligado à cultura do nosso estados, intelectualmente militante das causas populares, antes de tudo, um grande brasileiro”.

Wilker morreu aos 69 anos, vítima de um infarto fulminante. Ele estava em casa com a namorada, a jornalista Claudia Montenegro, no Rio de Janeiro. O ator deixa as filhas Isabel, Mariana e Madá Wilker. Seu último papel foi como o médico Herbert na novela Amor à Vida, em 2013.

Natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos. Estreou em novelas em 1971, em Bandeira 2, de Dias Gomes, na Rede Globo. A partir daí viveu personagens marcantes, como o protagonista da novela Anjo Mau (1976), de Cassiano Gabus Mandes. Fez muito sucesso com a novela Roque Santeiro (1985), na qual deu vida ao personagem central da trama homônima, ao lado de Regina Duarte e Lima Duarte, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva.

Dirigiu boa parte dos episódios de Sai de Baixo, exibido também na Rede Globo, entre 1997 e 2002. Ainda na televisão interpretou personagens memoráveis como Giovanni Improtta, na novela Senhora do Destino, onde bordões como “felomenal” e “o tempo ruge e a Sapucaí é grande” ganharam a boca do público. Na minissérie JK, deu vida ao ex-presidente Juscelino Kubitsheck, e em 2012 voltou a ser dono de outro bordão marcante, o “vou lhe usar”, usado por Jesuíno Mendonça, em Gabriela. Seu último papel na TV foi na novela Amor à Vida, em 2013, onde interpretou o médico Herbert.

No cinema, Wilker também teve destaque com papéis como Tiradentes, no filme Os Inconfidentes, em 1972, foi Vadinho, em Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976; viveu o político Tenório Cavalcanti de O Homem da Capa Preta, em 1986 e Antônio Conselheiro, de Guerra de Canudos, em 1997. Também participou dos filmes Xica da Silva e Bye Bye Brasil, ambos de Cacá Diegues.

Amante de cinema tinha aproximadamente quatro mil fitas em casa, era comentarista oficial da premiação do Oscar, na Rede Globo, além de escrever uma coluna semanal sobre o assunto no Jornal do Brasil, e apresentar o programa Palco & Plateia, no Canal Brasil.

José Wilker deixa as filhas, Marina, de seu relacionamento com a atriz Renée de Vielmond, Isabel, com a atriz Mônica Torres, e Madá, do casamento com a jornalista Claudia Montenegro. Também foi casado com a atriz Guilhermina Guinle.