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Caixão com iniciais de Cervantes é encontrado em Madri

26 jan 2015 - 18h38
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Historiadores em busca da sepultura do maior escritor espanhol, Miguel de Cervantes, disseram nesta segunda-feira ter encontrado sob um convento no qual ele poderia ter sido enterrado fragmentos de um caixão com as iniciais do autor em sua parte superior.

Especialista forense Francisco Etxeberria fala a repórteres no lado de fora do convento Trinitarian, em Madri, na Espanha, nesta segunda-feira. 26/01/2015
Especialista forense Francisco Etxeberria fala a repórteres no lado de fora do convento Trinitarian, em Madri, na Espanha, nesta segunda-feira. 26/01/2015
Foto: Sergio Perez (SPAIN - Tags: RELIGION SOCIETY) / Reuters

Quatro séculos depois da morte do autor de Dom Quixote, especialistas têm tentado localizar seus restos mortais na esperança de estabelecer um local de sepultamento oficial, o que atrairia turistas e peregrinos literários.

Desde abril, eles começaram a usar radares com capacidade de penetração no solo para explorar o subterrâneo do antigo convento de tijolo aparente no coração de Madri, onde o escritor pediu para ser enterrado.

Pesquisadores disseram nesta segunda-feira ter encontrado alguns ossos e um caixão em deterioração, após escavações em uma cripta. Um pedaço do caixão trazia as letras “M” e “C” em sua superfície, confeccionadas em apliques de metal, afirmaram.

Um dos antropólogos forenses que integra a equipe de pesquisa pediu por cautela, no entanto, por se tratar de descobertas ainda preliminares.

“Não podemos de nenhuma maneira confirmar que tenhamos encontrado Cervantes, também não podemos garantir que esse era o caixão de Cervantes, mas a verdade é que encontramos um caixão bastante avariado e que estava caindo aos pedaços, assim como alguns ossos danificados no canto da cripta”, disse Francisco Etxeberria em entrevista coletiva.

Ao menos sete sepulturas foram identificadas sob o convento, embora apenas duas tenham sido abertas até agora.

A história de "Dom Quixote", de Cervantes, é reconhecida como uma das maiores obras literárias já escritas no mundo, sendo considerada uma precursora do romance moderno. O autor foi enterrado em Madri depois de sua morte em 1616, na mesma semana em que William Shakespeare morreu.

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