PUBLICIDADE

Cardiologista: "Murray não disse ter dado Propofol a Jackson"

3 out 2011 - 16h31
(atualizado às 21h07)
Compartilhar

A cardiologista Thao Ngueyen, que iniciou seu depoimento no julgamento de Conrad Murray às 15h45 (horário de Brasília), serviu para mostrar de forma um pouco mais aparente o tamanho da preocupação que o acusado tinha em relação ao Propofol, anestésico responsável por colocar fim à vida de Michael Jackson.

Segundo Ngueyen, que já trabalhava na UCLA (Universidade de Los Angeles) na época da morte do cantor, em junho de 2009, ela foi chamada para ir à emergência para atender o paciente VIP que ali se encontrava, no caso, o rei do pop - pois era dela a responsabilidade sobre os casos mais críticos de problemas cardíacos na instituição.

A cardiologista, então, afirmou ter conversado com o Dr. Conrad Murray e lhe questionado se havia dado a Jackson algum anestésico fora o calmante lorazepan naquele dia, receitado, segundo ele, pelo fato de o cantor estar "cansado devido aos ensaios para a série de shows que faria em Londres".

"Ele (Murray) se apresentou como o médico particular de Michael Jackson", explicou Ntueyen. "Perguntei se tinha outros narcóticos ou remédios além daquele (lorazepan) que ele havia citado, e ele disse, 'não há outras drogas'".

A médica ainda lhe indagou sobre o horário em que o remédio havia sido aplicado e fez a mesma pergunta a respeito da ligação que fez à emergência ao constatar que Jackson não respirava.

"Ele não soube me responder. Disse que estava sem relógio e tampouco conseguiu citar um horário aproximado", afirmou a testemunha.

Apenas 15 min após o início do depoimento da cardiologista - precedido pelo de dois executivos de companhias de telecomunicações americanas -, o juiz Michael Pastor suspendeu a sessão para almoço, que deve durar até as 17h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira (3).

O caso

Dr. Conrad Murray é acusado de matar o cantor Michael Jackson com um dose letal de propofol no dia 25 de junho de 2009, poucos dias antes do astro pop iniciar a turnê de 50 shows This Is It.

Seu julgamento, com júri popular, deu início na última sexta-feira, 27 de setembro, e deve ser por cinco semanas. A promotoria do caso alega "grosseira negligência" do médico na dosagem do anestésico, enquanto a defesa diz que Michael Jackson teria se automedicou até a morte.

O Dr. Conrad Murray durante o julgamento que tenta culpá-lo pela morte do rei do pop, em 2009
O Dr. Conrad Murray durante o julgamento que tenta culpá-lo pela morte do rei do pop, em 2009
Foto: AFP
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade