Defesa: M. Jackson causou própria morte; promotor vê negligência
Em defesa de Dr. Conrad Murray no julgamento da morte de Michael Jackson, o advogado Edwart Chernoff alegou nesta terça-feira (27) que o astro pop se medicou até a morte. Já a acusação, feita pelo promotor David Walgren, o médico foi "grosseiramente negligente".
Segundo Chernoff, depois de aplicar apenas 25 mg de Propofol, por insistência do cantor, o médico se retirou do quarto. Michael Jackson, então, teria se automedicado com o anestésico.
O advogado de defesa começou seu discurso dizendo que iria mostrar quem Dr. Murray realmente é, e tentou responder duas questões: o que aconteceu no quarto do cantor com a saída do médico e como Michael Jackson chegou ao coma. "Michael Jackson é a única celebridade que Dr. Murray conheceu. Ele não é um médico celebridade, ele literalmente salva vidas", disse Chernoff.
A defesa ainda afirmou que Michael Jackson sofria de problemas para dormir, por isso usava o anestésico Propofol com frequência. "Dr. Murray concordou em medicar o cantor com Propofol, mas tentou ajudá-lo parar", disse.
Chernoff também disse que seu cliente estava tentando substituir o medicamento e que um dermatologista de Bevelery Hills também estaria aplicando em Michael o analgésico ilegal Petidina (Demerol).
Acusação
Primeiro a se pronunciar no julgamento desta terça-feira, o promotor David Walgren apresentou evidências que o médico comprou, ao longo de mais de dois meses, cerca de 15,5 litros de Propofol, anestésico que Murray aplicava ao cantor quase todas as noites.
Walgren ainda disse que o Dr. Murray só chamou o resgate médico 24 minutos depois de encontrar o cantor inconsciente e negou aos médicos ter dado Propofol a Michael Jackson.