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Estudante paulista é eleita a Miss Nikkey Brasil 2009

18 jul 2009 - 23h39
(atualizado em 19/7/2009 às 15h58)
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A estudante paulista Larissa Romani Mitzuhira foi eleita na noite deste sábado a Miss Nikkey Brasil 2009. Com o título, a jovem, que concorreu com outras 20 candidatas de 12 Estados, é a representante oficial da comunidade nipo-brasileira durante um ano.

A eleição aconteceu em São Paulo durante a 12ª edição do Festival do Japão, evento que trouxe os principais elementos da cultura oriental, como culinária, danças, música e arte para o Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul da cidade.

Mesmo com sobrenomes como Bernardes, Silva, Souza e Romani figurando entre as candidatas, para o organizador do concurso, KenjiYamai, isso não significa a perda do caráter oriental da Miss Nikkey. "Para ser miss, é importante que ela tenha pelo menos um japonês entre os seus ancestrais. A mistura com o sangue brasileiro não impede a candidata de ser miss, ao contrário, ajuda porque as mestiças costumam ser muito bonitas", disse Yamai ao Terra.

Nessa linha, Larissa, que tem cabelos ondulados castanhos e olhos verdes, é a nova representante da comunidade conhecida por ter os olhos puxados e os cabelos pretos lisos. Segundo Regina Kawashima, dona de uma agência de modelos mestiças em Tóquio, as brasileiras fazem sucesso no Japão devido aos traços exóticos e às curvas. "Elas têm espontaneidade, têm jogo de cintura; e a beleza, quando casa com a beleza japonesa, cria um diferencial", disse Regina, que foi uma das juradas do concurso.

Desfile

O desfile começou por voltas das 18h30. A primeira entrada das candidatas foi com uma roupa feita de materiais recicláveis pela estilista Consuelo Matroni, que desde 1990 trabalha com esse tipo de confecção. "O bom desse material é que os vestidos podem ser reaproveitados ou reutilizados. Inclusive, o primeiro vestido que eu produzi está sendo usado por uma das meninas", disse Consuelo. "Mas o meu favorito é o que é feito com pacote de ração".

A segunda etapa foi a que mais animou a plateia. Todas as meninas usavam happi, traje típico japonês e, no meio da passarela os tiravam e desfilavam apenas de biquíni. As mais ousadas, a minoria, apostaram no fio-dental para ganhar votos do júri, formado majoritariamente por homens. A terceira etapa foi com traje de gala e além de desfilar, as concorrentes tiveram que responder perguntas aleatórias.

Além de representar a comunidade japonesa no Brasil, a vencedora do concurso pode seguir carreira internacional. "A maioria das nossas ganhadoras está hoje fazendo muito sucesso em Tóquio", disse Yamai.

Entretanto, questionada sobre o futuro de sua carreira, a vencedora disse ao Terra que ser modelo não é seu sonho. "Eu já sou modelo, mas eu pretendo seguir a carreira de atriz. Estou estudando e esse é um dos meus sonhos", disse a nova Misse Nikkey Brasil, que é moradora da cidade interiorana de Piracicaba e voltou para casa com R$ 3 mil, uma TV de plasma e diversos outros prêmios.

O concurso ainda premiou três meninas. A paranaense Vivian Ayumi Iwai foi eleita a Miss Simpatia e levou R$ 500. A candidata Regina Nishitani, de Mato Grosso levou também R$ 500 e outros prêmios ao ser eleita a 2ª Princesa. A faixa de 1ª Princesa ficou com a estudante paranaense Tsuani Effiting Yamagushi, que foi premiada com R$ 1 mil.

O Festival

Os prêmios foram cedidos por diversas instituições, entre elas o Banco Real.Por sinal, o banco não foi a única empresa a ter sua marca divulgada no evento. Companhias como Honda e Kawasaki montaram estandes na feira expondo lançamentos em automóveis e motos. Segundo Akeo Uehara Yogui, presidente da Federação das Associações de Províncias Japonesas no Brasil, "a estimativa é de que passem entre 160 e 170 mil pessoas durante os três dias de evento. Então, é uma oportunidade boa para as empresas interessadas em divulgar suas marcas para esse público, que a cada ano tem se mostrado mais heterogêneo".

"O banco participa desde as primeiras edições, já está no nosso sangue. A importância desse evento é a divulgação da cultura, principalmente para os brasileiros. Essa é a integração das duas culturas", Mário Nagamine, gerente que representou o Banco Real.

Yogui tem razão sobre a heterogeneidade do público. Pelos corredores da feira é possível encontrar pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais e gostos com fantasias, rostos pintados e saboreando sushis, yakissobas e tempurás.

"Esse festival preserva a cultura japonesa. Aqui, agregamos todas as 47 províncias do Japão, que participam conosco na área de gastronomia", afirmou Keiji Kato, presidente do evento.

"Essa feira demonstra também o fortalecimento das relações entre o Brasil e Japão. É uma forma de mostrarmos para o governo japonês que aqui existe uma comunidade, uma colônia, ativa, participativa", concluiu Kato.

Larissa Romani Mitzuhira venceu o concurso em São Paulo
Larissa Romani Mitzuhira venceu o concurso em São Paulo
Foto: Gabriel Inamine / Divulgação
Fonte: Redação Terra
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