George Clooney critica Hollywood por atitude em ciberataque à Sony
O ator e diretor George Clooney criticou duramente os poderosos de Hollywood por não apoiarem a Sony Pictures após o ciberataque cometido contra a empresa por causa da comédia satírica “A Entrevista”, sobre o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Na quarta-feira a Sony desistiu de lançar o filme sobre o assassinato fictício de Kim no dia de Natal depois que grandes cadeias de cinemas disseram que não iriam exibi-lo devido a ameaças feitas por hackers.
Em uma entrevista desta sexta-feira ao site de entretenimento Deadline.com, Clooney disse que ninguém quis assinar uma petição que ele e seu agente circularam entre figurões de Hollywood apoiando o lançamento do filme.
Vencedor de um Oscar, Clooney, cujas duas últimas produções como diretor foram lançadas pela Sony, também repreendeu a mídia por não conseguir ligar o ciberataque à Coreia do Norte.
Os Estados Unidos culparam o país asiático nesta sexta-feira pelo ciberataque, o chamaram de ato inaceitável de intimidação, e prometeram impor “custos e consequências” aos responsáveis.
“Estamos falando de um país decidir qual conteúdo iremos ter. Isto afeta cada aspecto do negócio que temos”, disse Clooney. “Não podemos aceitar que Kim Jong Un nos diga que não podemos ver algo.”
No ataque cibernético, os hackers divulgaram uma série de emails constrangedores e exigiram que o filme não fosse lançado.
“Temos a responsabilidade de nos posicionar contra isto. Não é só a Sony, mas todos nós, incluindo meus bons amigos na imprensa, que têm a responsabilidade de se perguntar ‘o que era importante? Qual era a matéria importante a se cobrir?”, acrescentou Clooney.