PUBLICIDADE

Promotoria mostra gravação em celular de médico de M. Jackson

5 out 2011 - 15h49
(atualizado às 20h12)
Compartilhar

Durante o sétimo dia de julgamento do Dr.Conrad Murray, médico acusado de matar Michael Jackson, a promotoria exibiu uma transcrição de uma gravação feita no iPhone do réu. As informações foram descobertas pelo perito em computação forense Stephen Marx, segunda testemunha a depoir nesta quarta (5).

Nela, o "rei do pop" explicava ao médico que a turnê era muito importante e que ele precisava ser "fenomenal". "Elvis não fez isso. Os Beatles não fizeram isso. Precisamos ser fenomenais", afirmou. Murray afirma que compreendia o que ele queria dizer. O cantor também afirmou que estava fazendo aquela turnê pelas crianças, já que ele acabou não tendo infância.

Além da gravação, a promotoria exibiu screenshots que o perito encontrou no celular do médico, datados de 25 de junho de 2009. Alguns deles, falam sobre os registros médicos do cantor, que precisavam ser entregues para que fosse firmado o acordo com a seguradora responsável pela turnê This is It.

A primeira testemunha a depor nesta quarta-feira foi Sally Hirschberg, representante de vendas da Seacost Medical, que lidava diretamente com a clínica do Dr. Murray. Ela disse ao júri que estranhou os pedidos de bolsas de soro e doses de lindocaína, algo que não é comum em clínicas de cardiologia.

Sally também contou que no dia 26 de junho, um dia depois da morte de Michael Jackson, recebeu uma ligação vinda da clínica de Conrad Murray, cancelando um pedido feito no dia 22, que incluía cateteres.

A última a depor foi Elissa Fleak, funcionária do IML de Los Angeles que investigou as causas da morte de Michael Jackson. Ela esteve presente no quarto do cantor e colheu todas as evidências ali encontrada.

Sem falar muito, Elissa confirmou todos os itens encontrados na mansão, enquanto o promotor de defesa David Walgren os identificavam com um número.

Entre os objetos estavam seringas, agulhas, bolsas de soro, algodão com álcool e diversos fracos de remédios, usados e fechados, como propofol, lorazepam, flumazenil e diazepam.

O caso

Dr. Conrad Murray é acusado de matar o cantor Michael Jackson com uma dose letal de propofol no dia 25 de junho de 2009, poucos dias antes do astro pop iniciar a turnê de 50 shows This Is It.

Seu julgamento, com júri popular, deu início na última sexta-feira, 27 de setembro, e deve ser por cinco semanas. A promotoria do caso alega "grosseira negligência" do médico na dosagem do anestésico, enquanto a defesa diz que Michael Jackson teria se automedicou até a morte.

O julgamento de Conrad Murray acontece nesta quarta-feira (5)
O julgamento de Conrad Murray acontece nesta quarta-feira (5)
Foto: AFP
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade