Mansão onde M. Jackson morreu é colocada à venda por US$ 24 mi
21 mar2012 - 18h33
(atualizado às 19h25)
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A mansão onde Michael Jackson morreu em 2009, com 13 banheiros, academia de ginástica, piscina e sala de cinema, foi colocada à venda por US$ 23,9 milhões (aproximadamente R$ 43,5 milhões), informou o site da imobiliária.
A mansão de três andares no rico bairro de Holmby Hills, oeste de Los Angeles, foi colocada à venda pelo agente imobiliário Mauricio Umansky, o multimilionário marido de Kyle Richards, uma das participantes do programa Real Housewives of Beverly Hills.
"Este elegante e sofisticado 'castelo francês' foi concebido por Richard Landry e terminado em 2002", escreveu Umansky ao oferecer a casa à venda no site da imobiliária que preside, The Agency, uma das mais exclusivas da cidade.
A mansão, cheia de ornamentos, tem 1.600 m² de construção, 5.100 m² de terreno, sete quartos, 13 banheiros e ostentosas instalações, como adega de vinhos, uma grande piscina, elevador, cinema, academia e casa de convidados, entre outras comodidades.
Segundo o site TMZ, a propriedade foi colocada à venda na segunda-feira (19) e Umansky apenas recebe compradores "pré-qualificados para comprá-la".
As fotos da casa, cujo interior foi exposto durante o julgamento do médico Conrad Murray, condenado pela morte de Michael Jackson, mostram que a residência está completamente vazia exceto por uma cama, que parece ser a mesma na qual o cantor morreu em 2009.
Sua cabeceira dourada de estilo rococó é igual à que se via nas inúmeras imagens do leito de morte de Michael Jackson. Contatada pela AFP, a imobiliária não respondeu à solicitação de confirmar esta informação.
Jackson morreu em 25 de junho de 2009 aos 50 anos por uma overdose do anestésico propofol, que utilizava como sonífero.
Em 7 de novembro do ano passado, seu cardiologista, Conrad Murray, foi sentenciado à pena máxima, de quatro anos de prisão, após ser considerado culpado de homicídio culposo.
Jackson não era o dono da casa em Holmby Hills. Mudou-se para lá com seus três filhos quando começou a ensaiar em Los Angeles para uma série de shows que faria em Londres.
Quase dois anos e meio depois da morte de Michael Jackson, no dia 27 de setembro de 2011, Conrad Murray, médico do cantor, entrou na Corte de Los Angeles como réu
Foto: Getty Images
No julgamento, que durou cinco semanas, 49 testemunhas foram ouvidas e interrogadas pela acusação e defesa. De um lado, a promotoria culpava o médico de negligência ao administrar o remédio, perimtido apenas em hospitais e ambientes controlados. Do outro, a defesa tentava provar que o próprio Michael Jackson teria injetado a dose que o levou à morte
Foto: Getty Images
Com tantas acusações, o resultado do julgamento se deu de acordo com o esperado. Foram dois dias de deliberações a portas fechadas para que o júri, composto por 12 pessoas, considerasse Conrad Murray culpado pelo homicídio involuntário de Michael Jackson
Foto: Getty Images
A acusação se vez valer de uma imagem do artista, em que aparece morto na maca de um hospital, para reforçar suas colocações. O promotor David Walgren também apresentou ligações telefônicas entre Michael e seu ex-médico, nas quais o cantor relatava sua vontade de impressionar os fãs na turnê que faria em Londres
Foto: Getty Images
Ed Chernoff, advogado de defesa de Murray, responsabilizou o próprio cantor pela morte, dizendo que praticava a automedicação do remédio, além de recorrer a um dermatologista em Beverly Hills para aplicar o analgésico Petidina (Demerol), considerado ilegal
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No dia 29 de novembro, o juiz Michael Pastor anunciou a pena máxima para o réu: quatro anos de prisão por ser considerado negligente no tratamento aplicado ao cantor, além de mentir para pessoas próximas sobre seu real estado de saúde e não sentir remorso pelas consequências de seus atos
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Já o chefe do corpo de bombeiros que tentou socorrer o cantor em sua casa, Richard Seneff, lembrou que Murray sequer citou a aplicação de Propofol, apenas mencionou a ingestão de Lorazepam, uma substância que estimula o sono
Foto: Getty Images
Para complicar ainda mais a situação de Conrad Murray, o farmacêutico Tim Lopez, procurado para fornecer cremes para vitiligo, declarou ter vendido ao médico 225 frascos de Propofol entre abril e junho de 2009, totalizando 15,5 litros da substância
Foto: Getty Images
O legista Christopher Rogers, responsável pela autópsia no corpo do cantor, classificou a morte como homicídio e defendeu sua tese apontando a intoxicação provocada pelo consumo de Propofol, agravada por Diazepan e Lorazepam
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O especialista Steven Shafer apontou Murray como responsável por cada gota da substância derramada no quarto do artista
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Os depoimentos das testemunhas somente pioraram a situação de Murray, que não conseguiu se esquivar das declarações e acabou se contradizendo em algumas delas. O assessor pessoal do artista, Michael Amir Williams, relatou que o médico não o pediu para solicitar uma ambulância quando o comunicou sobre o estado de saúde do artista