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Morre o artista austríaco Otto Muehl, condenado por pedofilia

27 mai 2013 - 18h52
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Otto Muehl, um dos mais provocativos artistas da Áustria, condenado em 1991 por crimes sexuais contra menores, morreu no domingo, aos 87 anos, segundo a agência de notícias APA.

Ele era conhecido como um dos criadores do movimento vanguardista Acionismo Vienense, que causou indignação com suas imagens explícitas de sangue, violência e corpos nus e manchados de tinta.

Como outros participantes do movimento - incluindo Guenter Brus, Hermann Nitsch e Rudolf Schwarzkogler -, Muehl esteve preso brevemente na década de 1960 por violação das leis sobre decência.

Sua arte posteriormente se tornou respeitável a ponto de frequentar exposições de galerias renomadas.

Na década de 1970, ele fundou uma comuna nos arredores de Viena, a Friedichshof, que atraiu 600 moradores no seu auge e foi considerada por alguns como uma seita autoritária.

Ele foi sentenciado a sete anos de prisão por estupro e prisão de menores que viviam no local. Em 2010, ao inaugurar uma exposição no museu Leopold, na capital austríaca, foi lido um pedido de desculpas do artista às vítimas.

Muehl se mudou para Portugal depois de ser libertado, em 1997, e lá permaneceu até morrer.

(Reportagem de Georgina Prodhan)

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