PUBLICIDADE

Morre o jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta no Rio de Janeiro

3 ago 2013 - 15h39
(atualizado às 15h58)
Compartilhar
Exibir comentários
Luiz Paulo Horta era membro da Academia Brasileira de Letras
Luiz Paulo Horta era membro da Academia Brasileira de Letras
Foto: Academia Brasileira de Letras / Divulgação

Jornalista, escritor, crítico de música clássica e colunista do jornal O Globo, ocupante da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, Luiz Paulo Horta morreu na manhã deste sábado (3), aos 69 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de problemas cardíacos.

Autor de livros sobre música clássica e teologia, Horta acompanhou ativamente a Jornada Mundial da Juventude, publicando colunas diárias sobre a visita do Papa Francisco ao Brasil. O velório é realizado na sede da ABL, no centro da cidade, e o enterro será no mausoléu da instituição, no cemitério São João Batista, às 11h de domingo (4). 

A Presidente da ABL, Ana Maria Machado, determinou luto de três dias. "Nas variadas facetas de suas múltiplas atividades intelectuais, Luiz Paulo Horta sempre manteve integridade moral e profundo respeito a um conjunto de valores éticos, os cada vez mais raros. Fosse no dia a dia de editorialista, de crítico musical, de acadêmico, fosse na imersão em questões filosóficas ou reflexões religiosas, nosso querido Luiz Paulo jamais deixou de dar um testemunho exemplar dessa inteireza a serviço do conhecimento do assunto e de uma erudição em permanente processo de atualização", afirmou em comunicado.

O ex-Presidente Marcos Vinicios Vilaça também se pronunciou. "Estamos todos muito chocados, e logo a saudade vai se acrescentar, pois na última semana ele produziu verdadeira obra-prima, as crônicas em torno da visita do Papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude", disse.

Luiz Paulo Horta nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de agosto de 1943. Em 1962, começou a estudar Direito na PUC-RJ e abandonou o curso para ser jornalista. Trabalhou no Correio da Manhã em 1963 e no Jornal do Brasil, de 1964 até 1990, e O Globo, onde atualmente trabalhava.

Horta criou e dirigiu a seção de música no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1986. Foi o sétimo ocupante da cadeira 23 e foi eleito no dia 21 de agosto de 2008, ocupando o lugar de Zélia Gattai. 

Em 2000, ganhou o Prêmio Padre Ávila de Ética no Jornalismo e, em 2010, recebeu a Medalha do Inconfidente do Governo de Minas Gerais.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade