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"Não existe lado bom em ser transexual", diz modelo Lea T.

20 fev 2011 - 23h14
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Em entrevista ao Fantástico, exibida neste domingo (20), a modelo transexual Lea T. conversou com a jornalista Renata Ceribelli e falou sobre o fato de ser uma pessoa "diferente". Para ela, sua atual condição não é 100% positiva. "Não existe lado bom em ser transexual, eu não vejo. Sou penalizada em tudo. Nao é uma coisa gostosa. É remédio, rerapia, preconceito. Mas tenho minha vida sem pensar nisso, meus momentos de felicidade", disse.

A modelo, filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, disse que na infância se sentia como menino, mas que hoje se lembra de alguns fatores que dariam indícios para sua transformação. "Gostava de mexer nas bonecas da minha irmã. Eu era afeminado, mas não percebia, era uma coisa natural", comentou.

Lea explicou que antes de iniciar seu processo de transformação não namorou ninguém. "Não namorava, porque eu era homem e para sair com homem eu tinha que me assumir gay. A transexual não quer sair com gay, ela se vê como mulher e quer sair com homem", pontuou.

Depois de muita terapia, Lea decidiu contar para a família e lembrou que a revelação não foi fácil. "Houve muito choro. Meu pai mudou muito. Em coisas que ele era mais duro comigo, ele se tornou mais doce", disse.

Para obter o corpo de mulher, Lea disse que toma hormônios femininos. "A pele muda, o cabelo crece, os seios crescem um pouco", comentou. A única coisa que falta para ela se sentir completamente feliz consigo é a cirurgia de mudança de sexo, que ela disse estar em seus planos, embora não faça previsões de quando acontecerá.

Lea T. diz que pretende fazer a operação de mudança de sexo
Lea T. diz que pretende fazer a operação de mudança de sexo
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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