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O que aconteceu com Johnny Depp?

Ator tem enfrentado série de papéis duvidosos e passa por momentos esquisitos nos bastidores

27 jan 2015 - 15h48
(atualizado em 28/1/2015 às 16h14)
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Famoso pelo semblante de uma estrela do rock fora das telas, a aparição de Johnny Depp chocou essa semana. Em turnê para promover a nova comédia Mortdecai, em Berlim, Depp vestia uma jaqueta maior que seu número, sapatos sujos, calças largas e cabelo por fazer. Em Londres, mais bem arrumado, o ator deu entrevistas aparentemente embriagado. 

Foto: Divulgação

Recentemente, Depp apresentou um prêmio durante a cerimônia do Hollywood Film Awards visivelmente embriagado e há quem diga que ele também estava longe da sobriedade durante uma entrevista do talk show de Jimmy Kimmel.

O americano de 51 anos e com fortuna estimada em US$ 350 milhões (cerca de R$ 900 milhões), atualmente promove o filme Mortdecai, que estreia no Brasil apenas em 5 de março, mas teve a pior estreia do ator em 15 anos. Desconhecido do grande público, o personagem Charlie Mortdecai é uma criação britânica do autor Kyril Bonfiglioli. “Quando eu li o livro há dez anos, achei o personagem bonito, mas de uma maneira estranha”, explicou ele com lentidão e dificuldade para completar os pensamentos. Depp estava acompanhado da namorada Amber Ahead.

O filme traz Depp na pele de um vendedor de artes que, com seu infame bigode, está à procura de uma pintura roubada com um possível código de uma conta nazista. Enquanto Mortdecai apresenta todos os elementos de um típico personagem de Johnny Depp - sotaque britânico, gestos exagerados, maquiagem, cabelo colorido -, uma pergunta fica no ar: Será que o esquisito de Depp acabou se tornando ordinário?

<p>Gwyneth Paltrow e Johnny Depp em <em>Mortdecai</em></p>
Gwyneth Paltrow e Johnny Depp em Mortdecai
Foto: Divulgação

Não há muito tempo, Depp era considerado modelo para os colegas. Com seu sex appeal, dentro e fora das telas, ele encantou na pele de vilões, papéis românticos, gângsters, ou com o carisma de personagens esquisitos, caso de Edward Mãos de Tesoura e Willy Wonka. Sem dúvida, Depp ajudou a criar alguns dos personagens mais icônicos do cinema. E com Capitão Jack Sparrow, da franquia Piratas do Caribe, Depp alcançou o mega estrelato.

Ironicamente também, o sucesso de Sparrow tem assombrado a carreira do ator na última década. A cada novo esquisito personagem que Depp cria, do vampiro de Sombras da Noite (2010) ao Tonto de O Cavaleiro Solitário (2013), uma incessante repetição de Capitão Jack Sparrow vem à tona, talvez com diferenças no figurino, cabelo e maquiagem (ou bigode). Em Cavaleiro Solitário (2013), a tentativa de alcançar a mesma mágica de Jack Sparrow foi apontada como cansativa pela crítica. O filme foi considerado um fracasso e, desde Sweeney Todd O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, em 2007, Depp obteve pouco sucesso com a crítica. Mesmo em Alice nos País das Maravilhas, o ator foi alvo das críticas pelo excesso de maquiagem e pouca substância. 

Mesmo quando Depp optou por papéis mais tradicionais (ou ‘normais’), como em O Turista (com Angelina Jolie) e Transcendence: A Revolução, o resultado foi decepcionante (o último foi indicado para o Prêmio Raspberry de pior longa do ano de 2014). 

Foto: Divulgação

Entretanto, Johnny Depp é um ator fantástico, além de extremamente bem sucedido. De Ed Wood ao O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, Depp conseguiu alcançar um incrível nível de carisma em cada papel. “Eu acho que para cada personagem, você tem que incluir algo de si mesmo as vezes”, disse ele.

O problema é que o ator caiu na armadilha de servir à personagens que beiram a mesmice - com a adição de um bigode aqui ou um cabelo colorido ali - a repetição do Capitão Jack Sparrow cansou o público. Mas não os estúdios: sequências de Alice no País das Maravilhas e um sexto Piratas no Caribe vêm aí.  

Fonte: Especial para Terra
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