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Médico de Michael Jackson pode ficar apenas alguns meses preso

8 nov 2011 - 10h39
(atualizado às 13h06)
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O médico de Michael Jackson pode passar apenas alguns meses atrás das grades, apesar de ter sido condenado nesta segunda-feira (7) por homicídio culposo na morte do cantor de Thriller, em 2009.

Especialistas no setor judiciário dos Estados Unidos disseram que o Dr. Conrad Murray deve se beneficiar de uma nova lei na Califórnia, voltada para o problema crônico da superlotação das unidades penitenciárias do estado.

O juiz Michael Pastor, que julgou o caso, poderia condenar Murray no dia 29 de novembro à liberdade condicional, prisão domiciliar ou até 4 anos na prisão estatal. Ele foi considerado culpado de negligência grave ao dar para Jackson o anestésico propofol - normalmente utilizado para sedar pacientes antes de cirurgias - que foi considerada a principal causa da morte do cantor.

No entanto, a Califórnia adotou uma nova lei, que envia detentos de baixo risco às prisões municipais. Com isso, as autoridades que administram as penitenciárias municipais de Los Angeles têm, com frequência, libertado antecipadamente os presos devido a falta de espaço.

"Será muito difícil chegar a uma sentença adequada para a prisão de Dr. Conrad Murray", disse na segunda-feira o promotor público de Los Angeles, Stan Goldman, cujo departamento processou o caso.

Professor da Escola de Direito de Loyola, ele afirmou estar surpreso pelo fato de o juiz Pastor ter ordenado que Murray fosse preso durante três semanas antes da sentença. O médico ficou livre nos últimos dois anos após pagar fiança de 75 mil dólares.

"Era bastante óbvio que no julgamento inteiro haveria uma sentença de três a quatro anos", disse Goldman, e acrescentou. "Me surpreenderia se daqui a um ano Conrad Murray ainda estiver atrás das grades".

O advogado de defesa, Mark McBride, disse que a pena efetivamente cumprida de Murray poderia ter sido ainda menor. Isso ocorre, em parte, porque o crime de homicídio culposo não é considerado um delito grave sob a lei californiana.

Ela estipula que apenas 50% de qualquer sentença deve ser cumprida atrás das grades. Além disso, a superlotação das prisões "significa que Murray poderá cumprir três ou quatro meses", explicou o advolgado de defesa.

Considerado culpado, ele foi algemado ao final do julgamento
Considerado culpado, ele foi algemado ao final do julgamento
Foto: AP
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