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Romantismo é resposta contra crise, diz guru de tendências

5 jul 2012 - 19h20
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SÃO PAULO, 5 Jul (Reuters) - O mundo está em uma profunda crise econômica e, como resposta, as pessoas estão se voltando para um universo cada vez mais intimista e focado em valores do movimento romântico, algo que moldará tendências de consumo pelos próximos anos, disse uma das maiores especialistas mundiais em pesquisa de tendências.

"É a geração dos novos românticos", afirmou Li Edelkoort durante palestra na noite de quarta-feira na Casa Eletrolux em parceria com a Escola São Paulo, dedicada à economia criativa.

Nessa seara entram a redescoberta do indivíduo inserido em um grupo familiar e os desejos pelos objetos feitos à mão (o chamado "handmade"). A valorização da cultura local aliada às redes sociais, refletindo, no fundo, a necessidade por vínculos.

"É a força das mãos na era do touch screen", afirmou Edelkoort, que trabalha pesquisando tendências para grandes marcas globais em áreas como moda, decoração, beleza e outras.

Esses indivíduos da nova geração romântica são mais criativos, mais excêntricos e poéticos, mas com um toque de melancolia -e o filme de mesmo nome do diretor dinamarquês Lars Von Trier é uma referência forte dessa caracterização, indicou.

São também mais conscientes na preservação de seu corpo que as gerações passadas, quando jovens tinham a necessidade de "desconstruir" o sistema para se encaixar socialmente.

Para atender a esses novos consumidores, terão sucesso marcas que entendam o crescente desejo dessas pessoas pelo design, pelos valores de uma vida simples, e da fusão do novo com o velho. Isso se revela em cores empoeiradas, muito iluminadas e em tons pastéis.

"Uma beleza dramática", afirmou.

Nas roupas, o movimento reflete-se em silhuetas alongadas como se fossem alcançar o céu, cores bem iluminadas aplicadas aos tecidos, aos móveis e até à maquiagem. E é também o surgimento de uma sociedade com cara mais feminina, disse Edelkoort, onde homens assumem mais cuidados com os filhos por opção e casais também optam por ter filhos mais cedo que as gerações anteriores.

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