"Não temos fronteiras, castração e nem restrição", diz Seu Jorge
- Beatriz Carrasco
- Direto de São Paulo
Convidado do Tas ao Vivo desta terça-feira (24), o músico Seu Jorge chegou para a gravação do programa em seu estilo habitual: passos calmos, óculos escuros e bem vestido. Exibida pelo Terra, a entrevista em tempo real é mediada por Marcelo Tas, e conta com a participação do público.
Segundo entrevistado da atração, que teve estreia com Ivete Sangalo, o cantor comentou sobre a importância da Internet no acesso à informação: "programa da Internet é uma coisa prevista não só mais como um acessório, mas como uma peça fundamental".
Ao falar sobre os rumores de sua participação no novo filme de Heitor Dhalia, Serra Pelada, o músico afirma que ainda não há uma resposta definitiva para o convite. "Conversaram comigo, me fizeram essa proposta, mas talvez eu não tenha tempo, em função dos compromissos que assumi antes. Ainda está em processo, mas não sei se consigo conciliar", explica.
Famoso por suas parcerias inusitadas, Seu Jorge não defende nenhum estilo, "a não ser o da música", destaca, ao relatar que recentemente pensou em sugerir uma composição para a dupla sertaneja Victor e Leo. "Não temos fronteiras, castração e nem restrição", enfatiza.
Entre suas últimas participações especiais, o compositor gravou com Fernandinho Beat Box, conhecido pelo grupo de rap Z'África Brasil, no álbum Caminho Estreito, lançado em março. Outro dueto que o deixou animado foi uma faixa gravada com o rapper norte-americano Talib Kweli. "Fiquei muito feliz com esse som, estou muito apaixonado por essa música, ouvindo direto", conta.
O cantor carioca, que gosta de exaltar as conquistas de sua carreira, foi morador de rua durante sete anos. Respeitado músico tanto dentro quanto fora do País, além de falar sobre coisas alegres, Seu Jorge aprecia mostrar-se como um sujeito bem-sucedido.
Um dos maiores símbolos disso é a Lamborghini branca com a qual foi fotografado recentemente, o que atraiu críticas e desconfiança de seus detratores. "Foi um prêmio pelo meu trabalho de 22 anos sem férias. Queria me presentear, afinal, tenho honrado todos os meus compromissos com minha família", explicou. "Uma vez passei em frente a uma favela de São Paulo e um moleque gritou para mim, 'ô, negão, carrão, hein? Quando eu crescer vou trabalhar para ter uma igual'. Achei ótimo esse pensamento", observou.
-1ien89yrkntyb.jpg)
