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'Cheias de Charme' agrada e mantém audiência acima da meta

20 mai 2012 - 09h20
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Márcio Maio

Mal se passou um mês desde a estreia de Cheias de Charme e a novela já empolga. Nos 20 primeiros capítulos da trama, a média geral de audiência bateu 31 pontos, um acima da meta da emissora para a faixa das 19h. Fruto, talvez, da combinação entre a agilidade do texto dos estreantes Filipe Miguez e Izabel de Oliveira e do carisma dos personagens do núcleo central do folhetim. Desde as três "empreguetes" vividas por Taís Araújo, Leandra Leal e Isabelle Drummond aos exagerados e famosos Chayene e Fabian, de Cláudia Abreu e Ricardo Tozzi.

O tom musical é, sem dúvida, uma atração à parte. Cenas das apresentações dos ídolos Chayene e Fabian não só movimentam a aventura de Rosário, personagem de Leandra, que sonha ser cantora, mas também garantem participações ilustres nas cenas.

Ter a grande vilã da história como uma rainha do tecnobrega ajuda a confirmar gravações em shows como os de Ivete Sangalo e Michel Teló, além de cenas com a banda Calypso. Também desses encontros brotam divertidos deboches sobre as relações dentro do "show business".

Chayene, por exemplo, fala mal e faz de tudo para provocar suas colegas. Como quando se refere à cantora Joelma, da banda Calypso, como "anaconda do Pará". Ou, depois de procurar ofuscar Ivete no show da baiana, diz no palco que ela será a madrinha de seu primeiro filho.

Além da comédia característica do horário das 19h, Cheias de Charme tem vários elementos capazes de agradar em cheio ao público infantojuvenil, como a abertura em animação que lembra uma história em quadrinhos e a própria proposta musical. É uma estratégia que vem sendo adotada constantemente em histórias focadas nessa faixa etária, como Malhação, da Globo, Rebelde, da Record, e até a nova Carrossel, do SBT.

Talvez por isso várias situações e personagens sejam tratadas de forma mais lúdica. Caso de Rosário, que sonha se tornar famosa, e a busca da "gata borralheira" Cida, de Isabelle Drummond, pelo príncipe encantado. Com direito até a uma bruxa má, representada pela patroa Sônia, vivida por Alexandra Richter. Essa escalação, aliás, foi um acerto da equipe. A atriz, com sua experiência na linha de shows da Globo, consegue dar o tom cômico necessário para a personagem, que parece ter sido mesmo inspirada nas vilãs dos contos de fadas.

A novela, aliás, equilibra destaque merecido a diversos atores. Tato Gabus, por exemplo, na pele do advogado Sarmento, estabeleceu uma parceria interessante com Alexandra Richter. Assim como Luiz Henrique Nogueira, o fiel assistente Laércio, que não se deixa ofuscar nem mesmo quando contracena com Cláudia Abreu e Leandra Leal. Esta última, enfim, ganhou seu primeiro papel de protagonista em folhetins. Um posto que, pelo que se vê agora, já deveria ter ocupado há mais tempo.

E, se cabe uma quarta mocinha nessa história, Malu Galli ganha fácil a posição. A própria ordem dos nomes femininos nos créditos da abertura mostra isso. A atriz vem emendando um trabalho no outro desde 2008, quando fez Queridos Amigos. De lá para cá, já marcou presença em Três Irmãs, Aline, Tempos Modernos, A Vida da Gente, As Brasileiras e Cheias de Charme. Quatro novelas e duas séries - sendo uma delas com duas temporadas - em apenas quatro anos. E todas as personagens bem construídas e distantes umas das outras.

Cheias de Charme - Segunda a sábado, às 19h20, na Globo.

Fabian, personagem de Ricardo Tozzi, contribui para o sucesso da novela
Fabian, personagem de Ricardo Tozzi, contribui para o sucesso da novela
Foto: TV Globo / Divulgação
Fonte: TV Press
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