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Com 'Passione', relembre outras novelas com temática italiana

21 mai 2010 - 16h31
(atualizado às 17h27)
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A estreia de Passione marca mais uma investida da teledramaturgia na temática italiana. A nova novela do horário nobre da Globo vai unir a Itália e o Brasil novamente para contar a saga de Totó (Tony Ramos), um italianos que vive na região da Toscana com a família e depois descobre ter sido retirado de sua mãe, a rica Bete Gouveia (Fernanda Montenegro), uma mulher rica e cujo patrimônio financeiro é disputado a tapas pelo filho Saulo (Werner Schunemann) e pela inescrupulosa empregada Clara (Mariana Ximenes), que vai se envolver com Totó de olho na gorda herança.

O fascínio do Brasil pela Itália não vem de hoje. Uma das primeiras novelas a focar sua história no famoso país foi Nino, O Italianinho, que foi ao ar de maio de 1969 até julho de 1970. Produzida pela TV Tupi, foi escrita por Geraldo Vietri e Walter Negrão, e contou com direção de Geraldo Vietri. Na trama, Nino (Juca de Oliveira) é um imigrante italiano que tem um açougue no bairro do Bexiga, em São Paulo. Apaixonado por sua vizinha Natália (Bibi Voguel), que está interessada no rico Renato (Wilson Fragoso), Nino demora a perceber que a meiga e tímida Bianca (Aracy Balabanian) morre de amores por ele.

Relembre mais algumas tramas em que o sotaque italiano caminhou lado a lado do brasileiro:

Os Imigrantes (1981)
Produzida pela Rede Bandeirantes, foi exibida de abril de 1981 a junho de 1982, teve roteiro de Benedito Ruy Barbosa, Wilson Aguiar Filho e Renata Pallottini e direção de Atílio Riccó, Antonio Abujamra, Henrique Martins e Emílio di Biasi. Conta a saga dos imigrantes que ajudaram a construir o Brasil, mostrava essas pessoas deixando seus países de origem em busca de uma vida melhor. Os personagens protagonistas da história são três homens de nacionalidades diferentes, mas homônimos. Destaque para o personagem de Antônio de Sálvio (Herson Capri) como o italiano que quer se casar com a filha de um rico fazendeiro.

A Próxima Vítima (1995)
Escrita por Sílvio de Abreu com colaboração de Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral, A Próxima Vítima foi exibida de março a novembro de 1995, tornando-se um dos maiores fenômenos da televisão. O último capítulo parou o Brasil para saber quem era o misterioso assassino Opala preto que aterrorizava os personagens. Com direção de Jorge Fernando, Rogério Gomes e Marcelo Travesso, a novela pode ter dado o pontapé inicial das ligações fictícias Brasil-Itália que viriam a seguir. No epicentro dessa trama de mistério e morte, estavam a rica família Ferreto, italiana, tradicional e conservadora, encabeçada pela rígida Filomena Ferreto (Aracy Balabanian, em atuação impecável), e a famílias Rossi e Mestieri, encabeçadas pelos italianos Ana e Juca, interpretados por Suzana Vieira e Tony Ramos.

O Rei do Gado (1996)
O Rei do Gado, produzida pela Rede Globo e exibida de junho de 1996 a fevereiro de 1997, também foi escrita por Ruy Barbosa e teve a colaboração de suas filhas Edmara e Edilene Barbosa. Com direção de Carlos Araújo, Emílio di Yoshi e José Luiz Villamarim, teve direção geral e de núcleo de Luiz Fernando Carvalho (o mesmo do belo longa Lavoura Arcaica) para mostrar a saga de amor e ódio que envolvia Bruno Mezenga (Antônio Fagundes), um rico fazendeiro descendente de italianos que se apaixonava por uma sem-terra (Patrícia Pillar) em uma trama repleta de vingança, ódio e amor entre as família Mezenga e Berdinazzi.

Terra Nostra (1999)
Rei do Gado deu muito certo e, três anos depois, lá estava a Rede Globo com mais uma história italiana. Terra Nostra estreou em setembro de 1999 e terminou em junho de 2000 com roteiro dele, claro: Benedito Ruy Barbosa, novamente com colaboração das filhas Edmara e Edilene. Como diretores, Marcelo Travesso e Carlos Magalhães dividiam a função, que tinha direção geral e de núcleo de Jayme Monjardim para contar a história sofrida e cheia de reviravoltas dos apaixonados Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio) que, ao desembarcarem no Brasil, vão passar por fortes adversidades para terem o seu "felizes para sempre" decretado.

Esperança (2002)Com um intervalo ainda menor, dois anos depois a rede Globo estreia Esperança, outra saga italiana, que vai ao ar de junho de 2002 a fevereiro de 2003. Com trama inicialmente escrita por, claro, Benedito Ruy Barbosa, a trama continou a ser desenvolvida por Walcyr Carrasco, Edmara e Edilene Barbosa, e Thelma Guedes. Na direção, Emílio di Biasi e Marcelo Travesso eram coordenados pela direção geral de Luiz Fernando Carvalho e Carlos Araújo, e núcleo do próprio Carvalho. Sem atingir altos índices no Ibope, a novela contava a história de amor dos italianos Toni (Reynaldo Gianecchinni) e Maria (Priscila Fantin) que tentam embarcar para o Brasil, mas Maria é impedida pelo pai e o rapaz promete voltar para buscá-la. Grávida de Toni, ela é forçada a se casar com Martino (José Mayer). No Brasil, Toni é acolhido por uma família e se envolve com a judia Camilli (Ana Paula Arósio). Maria fica viúva, criando um triângulo amoroso com Toni e Camilli.

Poder Paralelo (2009)Televisionada de abril de 2009 a março deste ano, Poder Paralelo da Rede Record foi baseada no livro Honra ou Vendetta, que Silvio Lancellotti escreveu há 18 anos e trata das relações da máfia siciliana e os conflitos do narcotráfico. De autoria de Lauro César Muniz, a novela conta a história de Tony Castellamare (Gabriel Braga Nunes), um brasileiro de origem italiana que é suspeito de ligações com a máfia italiana e vê sua esposa e filhas serem mortas em uma explosão. Ao descobrir que a ordem para matá-lo veio do Brasil, Tony decide vingar-se e se hospeda na casa dos pais, os italianos Don Caló (Gracindo Jr.) e Mamma Freda (Lu Grimaldi).

Thiago Lacerda e Ana Paula Arósio foram Matteo e Giuliana em 'Terra Nostra' (1999), que abriu as portas para as telenovelas com temática italiana
Thiago Lacerda e Ana Paula Arósio foram Matteo e Giuliana em 'Terra Nostra' (1999), que abriu as portas para as telenovelas com temática italiana
Foto: Reprodução
Fonte: Redação Terra
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