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Decisões morais do dia a dia pautam novo programa de Pedro Bial

26 jun 2012 - 15h03
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Márcio Maio

Há quatro anos Pedro Bial procura um espaço novo na televisão. Em 2008, conversou com a direção do jornalismo da Globo para, ao final do Big Brother Brasil 8, não precisar voltar à função de apresentador do Fantástico. E, de certa forma, foi ali que começaram a surgir as primeiras formas do Na Moral, programa semanal de debates que estreia no próximo dia 5 de junho, quinta-feira, às 23h45, na TV Globo. "Fiz alguns pilotos nesses anos e, agora, saiu do papel. Antes, a ideia era pegar um assunto e revirá-lo por todos os lados. O conceito amadureceu e, do ano passado para cá, surgiu um novo olhar: falar das decisões morais que determinam nossas decisões diárias", resume o apresentador, que garante não querer ditar regras na posição de apresentador. "Moralizar é empobrecedor. Desmoralizar é bem mais interessante."

O estúdio lembra uma sala de estar. Mas, pela primeira vez em sua trajetória como jornalista, Bial vai apresentar um programa de auditório. "O Big Brother Brasil até tem, mas é torcida, não chega a ser plateia", explica. A ideia é que as discussões possam ser debatidas não apenas por especialistas nos assuntos tratados, mas também por gente que vive a situação na pele. Mas tanto o apresentador quanto o diretor, Luiz Gleiser, e o redator-final, Marcel Souto Maior, fazem mistério sobre o que pode ou não ser debatido no ar. "O Na Moral vai se transformar toda semana. Muda o cenário, o tema e até a participação do público. Queremos mostrar que ideias opostas não se excluem. Mas a TV vive da surpresa, então só vamos revelar o assunto de cada programa quando ele for exibido", desconversa Marcel.

Para esquentar os debates, algumas matérias nas ruas devem ser feitas e animações, minidocumentários e dramatizações ajudarão a ilustrar os assuntos. E, no palco, junto com Bial, cada programa contará com um DJ convidado. A ideia é aproveitar os temas abordados na seleção de músicas - segundo o apresentador, algo próximo do que é feito na série americana Glee.

"Eles usam canções para apresentarem a trama do episódio. E nossa música é tão rica que sabemos que qualquer tema vai render no mínimo uma meia dúzia de composições que ajudem na reflexão. O Gleiser tem uma história ligada à música, isso ajuda", adianta Bial - Além do Na Moral, Luiz Gleiser dirige há seis anos o musical da TV Cultura Som Brasil.

A exibição será sempre depois do capítulo de Gabriela. No ar, não contará com mais do que 35 minutos de duração e, assim como quase toda a linha de shows da emissora, seguirá o esquema de temporadas. Porém, pelo menos por enquanto, não há qualquer certeza a respeito do número de programas que serão feitos. Ao que parece, só uma coisa está definida: "no final do ano, passo a me dedicar normalmente ao Big Brother Brasil. Depois dele, aí já não sei o que acontece", explica Bial, sem deixar clara a possibilidade de deixar o comando do reality show em caso de a Globo realizar um edição em 2014.

Apesar da ideia de debater assuntos do dia a dia e de contar com a interação do público ¿ principalmente a partir do site do programa ¿, transmitir Na Moral ao vivo não chegou a ser cogitado pela equipe. A intenção é gravar no sábado, exibir nas quintas e sextas-feiras e avaliar a repercussão nas redes sociais para, a partir desse resultado, analisar o que pode ser melhorado ou aproveitado para a edição seguinte. "É claro que os temas mudam e nem sempre vai ser fácil. Mas vamos procurar uma maneira de repercutir isso. O Na Moral é uma experiência ainda: vamos aprender a fazer fazendo", diz Luiz Gleiser.

O jornalista apresentará o novo 'Na Moral' na Globo
O jornalista apresentará o novo 'Na Moral' na Globo
Foto: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias / Divulgação
Fonte: TV Press
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