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Marjorie Estiano busca variedade na carreira em 'O Tempo e O Vento'

7 dez 2013 - 11h22
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<p>Marjorie Estiano é Bibiana em <em>O Tempo e O Vento</em></p>
Marjorie Estiano é Bibiana em O Tempo e O Vento
Foto: Luiza Dantas / Carta Z Notícias

Os anos de carreira de Marjorie Estiano lhe trouxeram um olhar seletivo. Aos 31 anos, a intérprete da intensa Bibiana, de O Tempo e O Vento, da Globo, busca papéis instigantes e diversificados. Não é à toa que a atriz tem uma rigorosa preocupação por não se repetir, independentemente da função de heroína ou vilã. ''Quero papéis em que eu possa contar diferentes conflitos, experimentar personagens variados e histórias que renovem o nosso olhar", argumenta. 

A adaptação da trilogia de Veríssimo conta uma parte da história do Brasil através da ótica do Sul protagonizada pela saga das famílias Terra e Cambará. O longa dirigido por Jayme Monjardim será exibido no formato de microssérie, em janeiro, durante a programação de verão. Na produção, a atriz dá vida à icônica Bibiana, mulher do capitão Rodrigo, papel de Thiago Lacerda. Ao longo da trama, a personagem se vê dividida entre o amor pelo marido e os excessos de um homem mulherengo e grosseiro. "O papel é muito sensível. Ela tem uma característica de entender com o olhar e tem uma relação muito intensa com o capitão. Quer aquele homem de qualquer jeito e aceita a forma que ele é", defende. Esta é a terceira vez que a atriz trabalha ao lado de Monjardim – ela atuou em Páginas da Vida e A Vida da Gente. A combinação entre o estilo de planos fechados do diretor e o jeito minimalista de Marjorie encanta a atriz ao longo de seus trabalhos com Monjardim. "Ele tem uma sutileza e uma sensibilidade nas escolhas que são maravilhosas. A gente se repete muito por conta disso. Geralmente, queremos trabalhar com quem a gente confia. É por isso que formam essas 'patotinhas'", brinca, aos risos.

Para dar vida à personagem, Marjorie procurou se pautar por elementos subjetivos, em especial a relação diferenciada que se tinha com o tempo na época em que se passa a história. Além disso, contou com a ajuda de Helena Varvaki, preparadora de elenco, para técnicas de improviso e corporais. "Pesquisei muito em cima de pinturas, músicas e o próprio texto do Veríssimo tem muito material. A Bibiana tem um universo muito particular. Precisei recodificar as relações de tempo, que são muito diferentes hoje", explica. Assim como Lado a Lado, folhetim das seis que recontava o surgimento das favelas no Rio de Janeiro através da dramaturgia, a microssérie se passa em um período muito rico da história brasileira. "É possível reconhecer uma trama 100% brasileira. É legal mostrar essa cultura pouco explorada da região Sul. Os gaúchos consomem muita cultura através de seus hábitos, vestimentas e comidas", ressalta.

A adaptação do longa para o formato de microssérie segue a tendência realizada pela emissora no início desse ano em produções como Xingu e Gonzaga – De Pai Para Filho. Marjorie acredita que a produção voltada para a tevê, com estreia prevista para janeiro de 2014, aumentará o alcance da obra. "Sempre se tem o interesse de que o maior número de pessoas assista ao seu trabalho. Colocar esse produto na tevê, que é um veículo de massa, é muito positivo. É muito bom trazer a obra de Érico Veríssimo para os telespectadores", frisa ela, que acredita no caráter mais educacional da televisão. "O cinema exige mais do espectador. Na tevê, o compromisso com quem assiste é muito maior'', completa.

Fonte: TV Press
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