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Fetiche de Gerson não deveria ser tratado como doença, diz psiquiatra

30 nov 2010 - 14h58
(atualizado às 16h21)
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Gisele Alquas
Direto de São Paulo

O tão misterioso segredo de Gerson (Marcello Antony) foi revelado na noite de segunda-feira (29), em Passione, e provocou as mais variadas reações nos telespectadores. O piloto é viciado em ver cenas sexo. Até aí tudo bem, já que muitas pessoas têm fetiches. O que chamou a atenção, em especial, foi o fato de Gerson citar que gostava de ver todo o tipo de pessoas fazendo sexo em lugares imundos, inclusive com homossexuais. A abordagem do caso, durante a novela, deu a entender que seria algo doente ou criminoso, por mais que o autor, Silvio de Abreu, teria dito que o piloto não era bandido.

Para o psiquiatra e psicoterapeuta, Adauto da Rosa Faria Júnior, o caso de Gerson não deveria ser tratado como doença: "Hoje tratar de sexualidade não é mais um tabu. Existem várias maneiras de lidar com isso. Doença é algo forte, difícil de curar, que faz mal. Doença é ser dependente químico e parar sua vida por isso, pois só vive em função das drogas, por exemplo. Gostar de algo em excesso não é doença, mas um problema", explica.

Na cena exibida segunda, o piloto garantiu que não era gay, mas tinha prazer em ver homens mantendo relações entre si em lugares nada convencionais, assim como também gostava de prostitutas. Depois da revelação, o público logo se manifestou, já que "aparentemente", o mistério não era nada absurdo, mas sim uma tara. Mas a abordagem do caso pode ter gerado certo preconceito.

Uma das pessoas indignadas com a revelação do mistério, foi o ex-BBB Jean Wyllys, que se manifestou no Twitter. O também deputado federal disse que "nem todo homossexual e nem só homossexual faz pegação em banheiro público. E fazer isso não é forçosa e necessariamente um problema", escreveu. "A partir da fala de Gerson, é possível concluir que bastou ser homo para freqüentar o submundo do sexo em banheiros públicos", disse o ex-BBB.

Dr. Adauto Faria afirma que talvez a abordagem que foi feita em cima do mistério, para o público, Gerson sofria de algo horrível, incurável e criminoso. No capítulo do dia 25 de agosto, Diana (Carolina Dieckmann) descobriu o segredo do piloto. Ao ver as cenas no computador, ela disse que "aquilo era nojento" e que Gerson "teria que se tratar porque ele era doente".

Na cena que foi ao ar dia 5 de outubro, Saulo (Werner Schünemann), descobriu que o irmão via no computador e logo tratou de chantageá-lo. Se Gerson não se aliasse a ele contra a mãe, o diretor da metalúrgica iria revelar para todo mundo seu segredo, o que deixou o piloto atordoado. "Ele (personagem) acreditava que realmente era doente. Ele pode sim ter sentido vergonha, se sentir culpado por gostar daquilo, mas era só procurar ajuda", disse o psiquiatra.

Gerson procurou ajuda, ouviu do psiquiatra de que seu comportamento era, de certa forma, normal e que o piloto não era doente. E o público da novela se sentiu enganado, como se manifestou.

O piloto tinha fetiche por cenas de sexo "sujo"
O piloto tinha fetiche por cenas de sexo "sujo"
Foto: TV Globo / Divulgação
Fonte: Redação Terra
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