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Como charmosa policial, Úrsula Corona se destaca em 'O Astro'

24 ago 2011 - 15h09
(atualizado às 15h13)
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MARIANA TRIGO

Úrsula Corona já havia feito uma longa composição para interpretar uma cantora em O Astro, quando sua personagem simplesmente sumiu da história. O diretor de núcleo Roberto Talma, que havia convidado a atriz para a minissérie, logo ofereceu outra personagem: a policial investigadora Elizabeth. Úrsula teve de esquecer todas as pesquisas que havia feito sobre a cantora Gal Costa e o tropicalismo - que havia inspirado a atriz para a tal cantora - e mergulhou, em período quase integral, com duas preparadoras de elenco em uma delegacia de homicídios durante apenas a semana que antecedia as primeiras gravações da personagem. "Tive de traçar às pressas um perfil psicológico para a policial. Foi um susto bom, uma oportunidade como atriz que há muito tempo eu queria", afirma.

Mas apenas uma semana para se inteirar do universo policial não foi suficiente para a atriz sentir segurança na veracidade impressa à personagem. Tanto que, até hoje, esta carioca frequenta uma delegacia de homicídios para acompanhar investigações e burilar a composição da personagem. Inclusive em seus dias de folga. Além disso, aprendeu a manusear armas de fogo e se dedica a assistir a seriados e filmes policiais sempre que pode. "Esse universo de investigação seduz, acaba instigando mesmo. Algumas mulheres da polícia estão cada vez mais preparadas, com duas, três faculdades. Temos uma geração feminina bem interessante na polícia", destaca Úrsula, que é formada em Jornalismo e em Teatro.

Por diversas vezes indecisa se continuaria a carreira de atriz, ela chegou a abandonar a interpretação em alguns períodos. Depois de estrear na televisão dirigida por Roberto Talma em um episódio do extinto programa Caso Verdade, em 1984, Úrsula atuou em sua primeira novela em 1995, em História de Amor, de Manoel Carlos, onde trabalhou pela primeira vez com Carolina Ferraz e Regina Duarte, que estão no elenco de O Astro. Logo depois da trama de Maneco, decidiu largar a carreira quando soube que sua mãe estava com câncer. Anos mais tarde, em 2002, voltou à tevê em O Quinto dos Infernos e fez O Beijo do Vampiro, até ir para a Band atuar em Floribella. Logo após o folhetim juvenil, ela novamente decidiu dar um tempo da atuação. "Me deparei com muita vaidade. Minha personagem foi crescendo em Floribella e o elenco queria me sabotar. Faltou maturidade da minha parte para entender que existe muita competitividade no meio", desabafa.

Mas também foi na novelinha da Band que Úrsula exercitou outra faceta artística que complementa a atuação: o canto. A atriz de 29 anos não se considera cantora, mas faz aulas de canto frequentemente para manter a voz sempre pronta para convites em que precisa estar sempre afinada. Foi também na produção que Úrsula começou a se interessar pelo público infantil e montou um show gravado ao vivo que está prestes a sair em CD, mas ainda não possui um título definitivo. A atriz está em dúvida entre A Vida É Um Morango e Brincar de Escutar. "Quero resgatar valores mais puros com as crianças nesse mundo tão superficial que a gente vive hoje. É um espetáculo do bem", valoriza a atriz, que também se prepara para rodar um longa do diretor Rômulo Pacheco pelo sertão. "Agora não paro mais de atuar. Ninguém me segura", avisa, aos risos.

Atriz tem ido a delegacias de homicídio para interpretar policial
Atriz tem ido a delegacias de homicídio para interpretar policial
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias / TV Press
Fonte: TV Press
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