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No ar em 'Cordel Encantado', atriz quer estreitar relação com a TV

3 set 2011 - 10h48
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Geraldo Bessa

Com 20 anos de carreira praticamente dedicados inteiramente a peças alternativas e filmes independentes, Mariana Lima acredita que só agora encontrou seu lugar na televisão. O novo momento é marcado pela alegria da atriz em viver a rainha Helena de Cordel Encantado, trama das 18h da TV Globo. "Não soube fazer meu nome na TV. É uma volta de alto nível. Eu era muito imatura quando fiz minha primeira novela. Quero consertar isso", admitiu Mariana, que estreou na televisão na pele da sensível Liliana de O Rei do Gado, em 1996.

Em Cordel Encantado, de Thelma Guedes e Duca Rachid, a atriz interpreta a doce Helena. Mãe de Felipe (Jayme Matarazzo) e Inácio (Mauricio Destri), a personagem deixa o reino em Seráfia e chega à nordestina Brogodó. Na companhia da Corte, ela está no Brasil em busca de Aurora (Bianca Bin), a princesa desaparecida que simboliza a paz do reino europeu. "Ela se sente feliz em Brogodó. E ainda se interessa pelo delegado Batoré. É uma relação que nasce da maturidade", conta, referindo-se ao personagem de Osmar Prado.

Atualmente, Mariana divide-se entre as gravações da novela e o espetáculo Pterodátilos, de Felipe Hisch, que depois de passar pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, começa uma turnê pelo país. Pelo desempenho na peça, ela ganhou o prêmio Shell de melhor atriz em 2011. "Conciliar os dois trabalhos é bem complicado. Na novela, sou doce e íntegra. No palco, interpreto uma louca alcoólatra".

TV Press - Em 20 anos de carreira, Cordel Encantado é a sua quarta novela. Você tem algum preconceito contra a televisão?

Mariana Lima - Não acho que a palavra certa seja preconceito. Mas eu realmente não conseguia me encantar pela TV. Tive ótimas experiências. Cada uma teve seu momento, suas dores e suas delícias. Minha primeira novela foi O Rei do Gado, uma trama linda, mas enorme. Eu tinha 24 anos e foi bem difícil de fazer. Estava no teatro, tinha feito dois filmes e sofri bastante com a adaptação. Além disso, foi complicado sair de São Paulo e ir para o Rio de Janeiro. Tive de lidar com a superexposição que uma novela do horário nobre acarreta. Não estava preparada para isso. Levei um susto.

TV Press - Sua última novela foi Desejos de Mulher, de 2002. O que levou você a encarar um folhetim inteiro quase 10 anos depois?

Mariana - Tudo é uma questão de maturidade. Com o passar dos anos, a vontade de voltar a fazer uma novela inteira, com um personagem interessante, foi surgindo de forma tranquila. Por sorte, recebi o convite da Amora Mautner e do Ricardo Waddington para fazer Cordel Encantado. Na primeira reunião, falei da minha felicidade em trabalhar com eles, mas ao mesmo tempo, expliquei meus compromissos com a peça Pterodátilos. Os dois falaram que tudo bem, que dava para conciliar, que fazer novela das 18h é uma coisa leve.

TV Press - E deu para conciliar?

Mariana - Lógico que não. Cordel Encantado é uma novela das 18h nada tranquila. Pela qualidade técnica e de texto, virou uma novela extremamente trabalhosa. A gente grava de segunda a sábado e a peça é de sexta a domingo. Já tive de ir para São Paulo na sexta, apresentei a peça, voltei para gravar no Rio sábado de manhã, e depois retornei para São Paulo. As cenas têm uma luz linda, os figurinos são fabulosos. Eu demoro uma hora e meia para ficar pronta, pois tenho de botar cabelo, vestir roupas complexas, cheias de adereços. Tudo é mais lento. Não é algo que você entra no estúdio e faz.

TV Press - O esforço valeu a pena?

Mariana - Minha volta aos folhetins não poderia ter sido melhor. O saldo é muito positivo, estou me sentindo realizada. Tenho um tesão muito grande por essa trama, gosto de ver, me dá muito orgulho. É tudo muito bem feito e bem escrito. Acho impressionante. Os capítulos chegam e eu leio como se fosse um romance.

TV Press - A experiência em Cordel Encantado mudou a forma de você lidar com a televisão?

Mariana - Me deu vontade de construir uma história mais próxima com o veículo. Hoje em dia, eu lido bem com o processo industrial. Acho que é um bom exercício. A televisão dá elasticidade ao ator, uma capacidade de estar sempre pronto, de entrar em cena e ter acesso à emoção de forma rápida. Você vai ao estúdio com as emoções à flor da pele e joga com o que você tem. Estou de olho nessas lições.

Atriz afirmou em entrevista ter finalmente encontrado seu lugar na televisão
Atriz afirmou em entrevista ter finalmente encontrado seu lugar na televisão
Foto: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias / TV Press
Fonte: TV Press
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